O Design é uma necessidade social, desde quando foi organizada como disciplina, ou provavelmente, muito antes disso. A dimensão dos problemas actuais exigem muito mais que apenas ideias, precisam de inovação e integração de diferentes pessoas e especialidades para a resolução de problemas sociais, e talvez por isso as pessoas, em todo mundo devessem ter noções básicas de design, o que por um lado permitiria a percepção da importância que esta disciplina tem e por outro criar sensibilidade em relação a organização básica, percepção, capacidade estratégica de resolução de problemas, o que possibilitaria certamente, mudança de estilo de vida das pessoas e outra forma de ver o mundo ao seu redor.
O design é necessário, em quase todas as áreas, o seu contributo começa de uma simples sala, onde temos mobília, um quadro na parede, um relógio, uma mesa de centro, o vaso colocado no centro da mesa, são todos objectos pensados a nível de design, a sua disposição num espaço requere alguma sensibilidade estética, noções de organização. Talvez fosse necessário ensinar a organização e estímular a criatividade às crianças, provavelmente, os edifícios grandes, desorganizados e com aparência visual aborrecedora não estariam em nossas grandes cidades, como estão hoje. O design deveria ser olhado como uma linguagem acessível a todos, que fosse capaz de interligar a todos, possivelmente a mesa desarranjada do director de uma empresa “x” estaria organizada e a cor de sua sala escolhida com cautela, se não quisesse investir num serviço profissionalizado. A necessidade do design não precisa de transformar ninguém em designer profissional, mas dotar de noções básicas e sensibilidade estética e visual.
O homem precisa de design, quase na mesma proporção que precisa dos objectos por este originados, ou seja, precisamos de objectos que tenham sido pensados para ser integrados no nosso meio como parte integrante, e não como uma peça a mais e inútil. O design tem a tarefa de pensar de forma integrante em como conceber artefactos, formas que sejam integradas no nosso meio, que sejam atractivas e funcionais. Noções básicas sobre design, sobre a necessidade de ela existir, como disciplina, como área de pesquisa, como componente importante para propor soluções, seriam um ponto de partida para compreender o grande trabalho que houve por detrás do mouse que temos todos os dias na mão, o trabalho que houve para conceber os óculos, a carteira, o móvel, o automóvel, o telemóvel, o anel, a mesa… do pequeno ao grande, mostram a necessidade do design em nossas vidas.
A história de um povo precisa do design e das suas diferentes especialidades. O design é um elo de percepção e interligação dos diferentes povos, e por isso é necessidade. A forma como nos apresentamos e os objectos que usamos, são provavelmente a parte mais visível da possibilidade de se mostrar as características de um povo através do design.
Era importante que as nossas escolas compreendessem e abrissem portas para que desde pequenos tenhamos noções de organização, de estética, de pensar metodologicamente em soluções inovadores e criativas, e não nos obrigassem a pensar dentro de quatro paredes que nos oprimem durante toda vida. As escolas não precisam formar apenas designers, porque o nosso meio é tão complexo, que somos todos necessários, mas é importante que na formação humana seja desenvolvida a sensibilidade, a organização, a estratégia na resolução de qualquer problema, e o design integra esses elementos e ensina-nos a pensar, como profissionais, mas também como Homens preocupados pelo bem-estar do outro, propondo soluções que valerão a pena no futuro.
O design (…) é uma linguagem como tal pode usá-la para se queixar, se entreter, educar, agitar, ganhar dinheiro, lamentar, denunciar, vender ou promover. Autor desconhecido