Atualmente o número de lugares e países criadores de design é, com certeza, superior se comparado aos tempos antigos. Alguns lugares, porém, mantém a sua produção como uma característica. É o caso, por exemplo, de clássicos como a Itália, e também dos povos escandinavos, principal foco desse post. Confesso que nunca havia tido um contato direto de conhecimento do design escandinavo, e só pouco tempo atrás comecei a fazer pesquisas mais a fundo, não vendo apenas “peças soltas” no mundo no design.
Para começar, melhor definir onde é e o que compreende a Escandinávia. “A Escandinávia é uma região geográfica e histórica do norte da Europa e que abrange, no sentido mais estrito, a Dinamarca, a Suécia e a Noruega. Num sentido mais amplo, o termo pode também abranger a Finlândia, as ilhas Faroé e a Islândia” (Fonte: Wikipédia). Dentre esses países, a Finlândia passou a levar para as suas criações as grandes inspirações que tinham como base a sua natureza expressiva e florestas, tendo o minimalismo e a simplicidade como algumas das principais características dos escandinavos no design ao longo dos anos. Prezando sempre pela qualidade artesanal de seus produtos, países como a Suécia modernizaram o seu processo de produção, mas sem perder a essência manufatureira.
Um dos principais nomes do design escandinavo é o finlandês Kaj Franck (1911-1989). Formado em Arquitetura de Interiores, o designer participou de várias feiras internacionais e ganhou vários prêmios ao longo de sua carreira, sendo conhecido por seus trabalhos de valor estético em vidro e cerâmica.
Outro nome de enorme peso quando se trata da Escandinávia é o do dinamarquês Hans Wegner (1914-2007). Seu estilo ganhou grande destaque no mundo aliando as formas modernas e orgânicas à funcionalidade, tendo as cadeiras como um foco em suas criações (foram desenhadas mais de 500 unidades ao longo de sua carreira).
Uma das grandes representantes femininas da área é a também dinamarquesa Nanna Ditzel (1923-2005). Ela ficou conhecida com seu trabalho por utilizar novas técnicas logo após a Segunda Guerra Mundial. Seu estilo se tornou visível em elementos geométricos e orgânicos em suas obras, que foram do design de mobiliário até o design de joias.
O último que citarei é o dinamarquês Arne Jacobsen (1902-1971). Muito influenciado por Le Corbusier em seu trabalho, ele tem participações em diversas áreas, atuando na arquitetura, design de móveis e produtos. Tinha, inclusive, a ideia de integrar seus móveis à arquitetura ao redor. Suas obras se tornaram um legado para a história do design.
Bom, esses foram apenas alguns nomes dos vários talentos que os países escandinavos ofereceram e ainda nos oferecem, e você pode procurar muitos outros para se inspirar. É quase que inevitável não nos depararmos com alguma criação escandinava quando o assunto é design. Isso se dá pela alta qualidade e criatividade desenvolvida em seus produtos ao longo de anos de história. Donos de formas muitas vezes simples, mas funcionais, as criações destes países os levaram para dentro do mercado de enorme competitividade e originalidade, e trazendo para nós obras de extrema importância e beleza.