Design Onde o Design está na Economia Criativa?

Onde o Design está na Economia Criativa?

Por Islard Rocha

Certamente, você já deve ter visto ou escutado o termo Economia Criativa e se perguntado o que seria exatamente… O SEBRAE conseguiu definir de uma maneira bem simples e objetiva o que realmente este termo significa.

“Economia Criativa é um termo criado para nomear modelos de negócio ou gestão que se originam em atividades, produtos ou serviços desenvolvidos a partir do conhecimento, criatividade ou capital intelectual de indivíduos com vistas à geração de trabalho e renda.” (SEBRAE, 2016)

Ou seja, qualquer atividade criativa que se baseie em conhecimento para criar bens tangíveis ou intangíveis que possuam valor econômico são consideradas parte da economia criativa. Desta forma, podemos citar algumas áreas que à abrangem, são elas:

  • Artesanato;
  • Artes Cênicas;
  • Artes e Antiguidades;
  • Arquitetura;
  • Cinema e Vídeo;
  • Design;
  • Editoração e Publicações;
  • Moda;
  • Música;
  • Publicidade;
  • Softwares e Jogos Eletrônicos;
  • Tecnologia e Inovação.

Segundo o SEBRAE, o grande diferencial da Economia Criativa para a Economia Tradicional (manufatura, agricultura e comércio) é o fato desta focar no potencial individual ou coletivo para produzir bens e/ou serviços criativos e inovadores. Para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), a economia criativa se tornou em uma poderosa força transformadora no mundo atual, uma vez que esta possui força suficiente para impactar de maneira positiva o individuo ou grupo de indivíduos que nela estão inseridos.

O Relatório da Economia Criativa de 2013, afirma que a criatividade e inovação humana, tanto individual quanto em grupo, se tornaram a verdadeira riqueza das nações no século em que vivemos. Então, se você é um designer ou criativo que está um pouco desanimado com o que você está produzindo… Tome esta frase para te motivar a produzir produtos – tangíveis ou intangíveis – cada vez mais e melhor. Afinal, o mundo precisa de maneiras criativas para resolver os inúmeros problemas que possui.

O relatório afirma também que a economia criativa estimula o bem-estar, autoestima e qualidade de vida em indivíduos e comunidades. Auxiliando na representatividade das características locais e estimulando o crescimento inclusivo e sustentável.

É sabido por todos que o mercado busca e sempre buscou resultado em cima de qualquer produto ou serviço que venha a aparecer e talvez alguns ainda vejam a economia criativa como um mercado sem o devido respeito que merece. No entanto, a Endeavor Brasil, instituição que tem o intuito de formar empreendedores que impactam o Brasil, afirma que esta nova maneira de encarar os negócios nas áreas que abrangem a Economia Criativa prometem revolucionar o mercado de startups. Afinal, segundo o conceito original do inglês John Howkins, este nicho pode transformar criatividades em resultado.

No Brasil, existem cerca de 810 mil profissionais dentro deste ecossistema, o que representa 1,7% do total de trabalhadores brasileiros. Segundo o relatório, os segmentos que mais empregam são: Arquitetura e Engenharia, com cerca 230 mil trabalhadores; seguido pelo segmento de Design e Publicidade com cerca de 100 mil profissionais em cada. É válido ressaltar que esses dados são do relatório de 2013, ou seja, hoje já somos mais.

“O design atravessa os elos da cadeia de valor correspondente ao artesanato, à indústria e aos serviços, atuando como ferramenta de melhoria de aspectos funcionais, ergonômicos e visuais dos produtos.” (SEBRAE, 2015)

Segundo o SEBRAE (2015), ao se falar sobre economia criativa o Design possui um papel muito importante, uma vez que este representa um conjunto de atividades econômicas baseadas no conhecimento que faz intensivo uso do talento dos indivíduos. Afinal, este consegue realizar tal façanha através de processos guiados (métodos e metodologias) por meio de incorporação de ferramentas e novas tecnologias para gerar valor para o capital intelectual e cultural.

Por fim, acredito que devemos cada vez mais abraçarmos a Economia Criativa e defender a criação de políticas que busquem melhorar o desenvolvimento e desempenho deste ecossistema. E, como vocês viram, temos grandes responsabilidades para que este mercado cresça cada vez mais. Então, nos unamos as outras áreas para desenvolvermos projetos que possam impactar positivamente todo este ecossistema.

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