O filme dirigido por Wes Anderson, “O Grande Hotel Budapeste”, está na lista dos favoritos da Academia, tendo 9 indicações para este Oscar de 2015. Para quem ainda não sabe que filme é esse ou qual sua história, confere aqui o trailer legendado:
“As aventuras de Gustave H, um concierge lendário em um hotel famoso da República fictícia de Zubrowka entre a primeira e segunda guerras mundiais, e Zero Moustafa, o menino do lobby que se torna seu amigo mais confiável.” (Fonte: IMDB)
Mas o foco essencial desta matéria não é analisar o roteiro do filme, ou o conteúdo simbólico que o mesmo carrega (mesmo sabendo que Wes Anderson gosta do minimalismo até quando o quesito é roteiro). Mas sim, irei abordar mais sobre a composição estética da película.
Wes Anderson é conhecido pela sua estética impecável em suas obras audiovisuais, ele e sua equipe têm o dom para escolher a cor, ângulo, enquadramento certo para cada cena, cada momento, cada frame. O diretor é perfeccionista em relação à criação visual de seus filmes, e este mais recente que está concorrendo a nove estatuetas, não é diferente. Wes usa e abusa de cores pastéis com uma pegada bem vintage, o cenário sempre é bem estruturado e colorido (mas não aquele colorido altamente saturado como em Amélie Poulain do diretor Jean-Pierre Jeunet), a fotografia é simétrica e com ares minimalistas, e um de seus enquadramentos favoritos seria o plongée (ou seja, a câmera filma o objeto de cima para baixo).
E em relação a simetria presente em suas obras:
E para finalizar, eis uma compilação de algumas de suas técnicas favoritas presentes em seus filmes, tais técnicas são características imprescindíveis na construção de seu estilo peculiar:
Confere abaixo, uma lista de screencaps de “O Grande Hotel Budapeste”, e as respectivas paletas de cores predominantes nos cenários, figurinos e na direção de arte geral:
E cá está um vídeo (lindamente editado), mostrando as cores mais presentes no filme (branco, cinza, marrom, azul, verde, amarelo, rosa, roxo e vermelho, respectivamente):
As composições estéticas de obras cinematográficas podem servir como bases de inspirações para criações relacionadas ao Design de Interiores, ou ao Design Gráfico, ou qualquer outro tipo de arte que se utiliza de cores, objetos e criatividade.