O que não ser?

Estudantes de Design quase sempre lidam com uma importante dúvida quando percebem o quão grande é o leque de oportunidades e campos que ele pode seguir. Durante o curso nos deparamos com diversas áreas interessantes e cada vez mais nos aprofundamos em cada uma delas, porém quando a faculdade vai terminando começa o desespero. As axilas suam, o café esfria, o nanquim acaba e o Corel trava, pois, além do deliciosamente estressante projeto de conclusão do curso, é a hora de se estabelecer profissionalmente, seja por freelas ou por posições fixas, neste ponto você percebe que não pode fazer tudo. Isso mesmo! Chega o tempo de decidir o que você não vai ser.

Isso obviamente não é nada fácil e acaba por ser extremamente desconfortável. Aquele indivíduo que passou a experiência universitária adquirindo todo o tipo de conhecimento e expandindo sua área de atuação, agora talvez tenha que se limitar a apenas algumas funções. Jonny Goldstein, consultor norte -americano em apresentações corporativas, diz que a representação visual em si não é uma coisa complicada, o que é difícil é definir o que você deve mostrar.

Sabemos como é quase impossível produzir um bom trabalho se não temos um bom briefing, não é?

Precisamos de informações detalhadas sobre o profissional, empresa ou o que quer seja para atender sua necessidade e/ou resolver o seu problema. Apesar de que, dependendo de onde você irá trabalhar, poucas vezes terá acesso a informações realmente completas e relevantes.

Bruno Porto, designer gráfico premiado e membro do conselho diretor da Sociedade de Ilustradores do Brasil – SIB, diz que: “uma estratégia de promoção requer metas claras, conhecimento das principais características/ diferenciais do produto e sua capacidade de produção, e informações referentes ao público -alvo a ser atingido”. Logo, é extremamente recomendável que a identidade profissional seja claramente definida antes mesmo da visual, pois ela é necessária para produzir uma comunicação eficiente.

Para fazer isso comece refletindo sobre seus objetivos profissionais. No quê você é realmente bom? Qual o cargo dos seus sonhos? Onde quer estar daqui a alguns anos? A partir daí comece a definir metas para alcançar esses objetivos. Crie suas peças institucionais e promocionais como se estivesse trabalhando para outro profissional. Pode parecer estranho, mas procure entrevistar a si próprio, tome notas e construa um senhor briefing. Não deixe de estudar ou fazer aquilo de que gosta, claro! Mas tenha foco no seu objetivo. Desenvolva o hábito de pensar constantemente na sua carreira e não tenha pressa ou medo de errar.

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