Design O Universo Mágico de Mathiole e nossa entrevista

O Universo Mágico de Mathiole e nossa entrevista

Por Marcos Torres

Fala criativos!

Hoje lhes trago um bate-papo muito massa que tivemos com o ilustrador e designer de Belo Horizonte, Matheus Lopes, mais conhecido como Mathiole. Conheci trabalho dele através de diversos sites de concursos de camiseta, Matheus estava sempre ganhando com ótimas estampas, muitas destas feita com técnicas tradicionais e mistas, foi um prazer ter essa conversa com esse grande criativo.

Você pode encontrar Matheus Lopes e sua arte nos seguintes links:

1- Antes de tudo gostaria de agradecer nos permitir ter a honra de entrevistá-lo, nos conte mais de como começou o seu interesse por ilustração?

Imagina, o prazer é meu!

Meu fascínio por arte vem desde a época do colégio, quando vi livros de Monet e Salvador Dali, mas foi quando um amigo apareceu em casa com alguns quadrinhos do homem aranha, com a idéia de tentarmos copiar as capas, que realmente me encontrei.

Foi muito divertido e continuei seguindo com essa brincadeira até decidir fazer um curso de desenho e quadrinhos aos 14. De lá pra cá sempre tenho tido contato com ilustração diariamente.

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2- Nos fale mais quais são suas referências, mentores e pessoas que o inspiram ao longo desses anos?

Acho que todas as pessoas que admiro estão, pra mim, num patamar que me impede ser inspirado por eles. Não sei se isso faz sentido, mas são mestres talentosos demais, me sinto motivado vendo seus trabalhos, mas não necessariamente inspirado no que diz respeito aos seus estilos e estéticas, por que me sinto muito a quem, especialmente tecnicamente falando.

Salvador Dali, Jeremy Geddes, Ashley Woods, James Jean, Moebius, Takehiko Inoue, Sam Weber, Olly Moss são alguns dos caras que me enchem de inveja boa pra continuar seguindo produzindo e aprendendo.

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3- Como funciona o seu processo criativo na criação de uma arte?

Acho que depende muito, mas no geral, eu sempre parto de um conceito, tento deixar ele bem claro e polido, gosto de passar mensagens, acho que me comunico melhor com minhas ilustrações do que qualquer outra coisa, e por isso vejo a parte conceitual do meu trabalho o segmento mais importante (muito embora não seja o maior motivo pelo qual meu trabalho seja reconhecido). Uma vez que tenho o conceito da ilustração em mente, costumo fazer uma pesquisa imagética pra tentar identificar qual estilo e qual técnica combinaria melhor com o conceito em questão.

Por exemplo, se penso em fazer algo lúdico, surreal, vou optar por escolher uma estética mais delicada e improvisada, como a aquarela, do que algo muito definido e preciso, como o vetor. Se quero reproduzir um poster em art nouveau, vou tentar usar as mesmas ferramentas que Alphonse Mucha usava, e por ai vai.

Acho que cada conceito pede um tipo especifico de abordagem no processo e talvez por isso meus trabalhos sejam tão distintos uns dos outros. Eu adoro procurar novas maneiras de fazer as ilustrações pra não me cansar, então faço coisas à mão, com aquarela, ecoline, guache e faço bastante coisa no computador, tanto no photoshop quanto no Illustrator.

4- Nos fale um pouco da sua rotina, como é um dia na vida de Matheus Lopes?

Minha rotina é um pouco pacata aos olhos de quem vê (risos). Como trabalho em casa, assim que acordo ligo o computador, mal tomo café e já estou trabalhando em algo. Quase sempre estou trabalhando em vários projetos e ilustrações ao mesmo tempo, então embora eu fique sentado na frente do pc ou na mesa de desenho, minha cabeça costuma estar a mil.

Hora e meia faço pausas, assisto algumas séries, jogo uma partida de videogame, mas sempre fico concentrado em não procrastinar demais e ‘desperdiçar’ meu tempo.

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5- Qual você considera o ponto mais positivo e o ponto mais negativo da profissão?

Essa é uma pergunta difícil, consigo pensar em vários pontos positivos e negativos. Talvez o fato de ser algo que me impeça conhecer tudo sobre, sempre me trás novas experiências e surpresas, mas eventualmente me frusta por não ter todo o conhecimento que almejo.

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6- Qual você considera seu melhor trabalho até o momento e porque?

Meu trabalho mais ambicioso e que tenho mais carinho (e pretendo levá-lo adiante em breve) é o “unic.verse“. Foi algo que levei bastante tempo pra conceber mas adorei fazer cada traço dessa ilustração gigante.

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7- Agora um rápido bate-bola:

Um filme: Another Earth

Uma música: Deadman – Karnivool

Um lugar: Barcelona

Uma cor: Preto

Uma comida: Hambúrguer

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8- Nos conte mais sobre seus hobbies, quando você não estã trabalhando, o que gosta de fazer?

Jogar bola é provavelmente meu hobbie favorito, mas não acontece sempre. Curto assistir filmes e séries e jogar videogame em casa, e sair pra comer e beber. Meus dias de agitação nunca foram demasiado agitados mas tenho tido a impressão que eles estão ficando cada vez menos presente. Atualmente prefiro programas mais lights. E viajar, sempre que a agenda permite!

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9- Para finalizar, você tem alguma lição que aprendeu ao longo desses anos que gostaria de compartilhar com nossos leitores?

Aceite falhar. Não deixe de experimentar e cometer erros. No momento em que se enxerga que a falha é um passo necessário ao aprendizado, tudo flui!

E trabalhe sempre por prazer, a vida é curta demais pra gastar tempo fazendo algo sem satisfação ou por pedaços de papel verde.

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