Publi e MKT ONG Americana Conta história das armas em ação impactante

ONG Americana Conta história das armas em ação impactante

Por Diogo Mattos

De uns dois anos para cá, mais especificamente ano passado, vemos um crescimento exagerado no uso das pegadinhas na publicidade e em ações de marketing como um meio de ativação de marca e serviços, institucional básico ou um meio de conscientização e educação fundamental. O fato é que, como sabemos, isso já é comum e bem usado lá fora faz tempo. O motivo para essa exacerbação, que acabou extrapolando no mundo todo, é que elas realmente funcionam e trazem resultados comprovadamente efetivos, mesmo que sua aplicação possa parecer chata e repetitiva demais. Além do mais, muitas empresas vem procurando atrelar o viral a essas iniciativas, como uma forma de aumentar o alcance de seu objetivo final com a campanha.

Dessa forma, entendemos que a combinação do viral com iniciativas de marketing presenciais vieram para ficar e estabelecer um link com a cabeça do público que pode durar eternamente, como a clássica pegadinha da menina fantasma no elevador ou do “medonho” (quando eu era criança assustava muito mais) boneco Chuck saindo de um painel instalado no ponto de ônibus e muitos outros exemplos memoráveis. Mas, também fica claro que assim como existem ótimas produções e execuções nesse sentido, existem as ruins, que acabam gerando uma repercussão negativa nas mídias sociais, mas isso já é assunto para um outro post.

Nesta Terça-feira, com tudo isso em mente, me deparei com mais um case destes, promovido em Manhattan, Nova York, pela agência Grey para a ONG States United to Prevent Gun Violence, um nome grande que em português significa algo como “Estados Unidos Para Prevenir Violência de Armas de Fogo”.

A Campanha ‘In Loco’

Armacomhistória

A ideia foi muito simples: implantar uma loja fictícia para vender armas de fogo bem no centro de Manhattan (coisa bem corriqueira nas ruas Americanas), contando com um ator como vendedor e câmeras escondidas espalhadas pelo local para documentar e viralizar tudo depois, especialmente a reação das pessoas que iam até lá.

Ao entrar no estabelecimento e procurar por uma arma, os consumidores eram indagados pelo “vendedor” sobre qual seria o real motivo de quererem compra-la. Eis então o que foi respondido pela maioria: como uma maneira de se defender. Isso confirma uma realidade onde seis em cada dez norte-americanos possuem uma arma em casa como item de segurança. Dado esse que é contestado pela States United to Prevent Gun Violence, que diz que isso só serve para aumentar ainda mais os índices de mortes e feridos, fato esse que motivou o viral e que é enfatizado no começo do filme.

E é nesse momento que o ator começa a contar uma trágica história por trás da arma escolhida. Na cena mostrada no vídeo abaixo, a narrativa dita foi “Esta é uma das mais populares. Calibre 22, seis polegadas… E é também a arma que uma criança de cinco anos encontrou no quarto dos pais e utilizou para matar o irmão de nove meses”.

Para completar o choque evidente no rosto dos clientes, a arma contêm uma etiqueta com toda a história narrada, o que se repete para toda a mercadoria exposta, gerando ainda mais surpresa e comoção entre os presentes. O simples fato de a identificação estar ali no objeto, aliado ao fato de o ocorrido ter sido com uma criança, confirma tudo que foi falado, estabelecendo o resultado esperado de imensa estagnação e medo.

A ONG

States United to Prevent Gun Violence Logo

States United to Prevent Gun Violence Logo

Para quem não conhecia, como eu, a Organização Não Governamental States United to Prevent Gun Violence foi criada com o propósito de ajudar associações estatais de prevenção a violências causadas por armas de fogo e trazer novos parceiros para o movimento. Eles hoje contam com afiliações de seus 27 estados e 150,000 parceiros.

Os principais objetivos sob o qual trabalham são: construir comunidades saudáveis reduzindo o número de feridos e mortos por armas através de leis fortes, educação e parcerias. Porém, o trabalho inclui ainda suporte técnico para as tais entidades auxiliadas; oferecer uma e-newsletter popular; educar os membros sobre inciativas políticas e melhores práticas; prover treinamentos para membros sobre esforços organizacionais e montagem de boards; entre outras coisas.

Clique aqui para saber mais sobre a ONG.

Agora assista o filme e logo depois confira minha análise sobre ele:

Uma nobre campanha para uma boa causa

Logo do Instituto sou da paz

Logo do Instituto sou da paz

De fato a luta contra esse tipo de crime é muito nobre e necessária, principalmente no caso dos Estados Unidos, que constantemente sofre com atiradores malucos. A necessidade de conscientizar é tão iminente que frequentemente vemos esse tipo de campanha ocorrendo por lá, com participação efetiva do estado e criação de leis protetoras.

No Brasil são poucas as iniciativas quanto a isso, mesmo nós precisando disso também devido aos crescentes números da violência em grandes cidades. Acredito que nesse sentido o Instituto Sou da Paz seja o principal, senão o único, a se dedicar a causa verdadeiramente. Tanto que, coincidência ou não, acabou de lançar no início desse mês a campanha “DNA das armas” que visa incitar a discussão sobre a necessidade de se implantar um mecanismo de marcação das armas, como é feito nos EUA. Caso esse que foi abordado nesse artigo http://bit.ly/1AxTv7f, publicado no próprio site da organização.

É por essas e outras que estratégias virais como a usada, atrelada a uma ação de marketing presencial, se repetem cada vez mais, como falei na introdução desse post. Com a migração e integração do público com a web, fica muito mais fácil se promover qualquer coisa, além de atingir mais e mais pessoas, causando um grande buzz e mobilização em favor de uma causa, produto, marca ou serviço.

Portanto, parabenizo a João Coutinho, publicitário Português que foi um dos diretores de criação da Grey responsáveis pela concepção da peça como um todo. Que esta criativa e inteligente abordagem para o tema, possa ser vista e replicada no Brasil, a exemplo da América do norte, levando a julgamento popular um questionamento e uma causa vital que deve ser discutida. E que mais e mais ONGs como a Sou da Paz se mostrem ao país. Não quero aqui fazer apologia ou incitação de nada, apenas evidenciar como a publicidade, a propaganda e o Marketing tem fundamental importância na construção da consciência de uma nação e portanto deve ser mais criativa e atenta para se utilizada como tal.

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