O Pontilhismo é uma técnica que consiste em pequenos pontos ou manchas de diferentes cores que, justapostas, provocam uma mistura óptica aos olhos do observador. Georges Seurat e Paul Signac foram os desenvolvedores desse método de pintura, que pode ser entendido como uma ramificação do Impressionismo. Vale lembrar que os impressionistas diziam que a linha era apenas uma convenção do homem para retratar a natureza e não costumavam usá-la em suas obras.
Apesar do termo ter sido criado com o intuito de ridicularizar os impressionistas que utilizavam a técnica, hoje em dia o Pontilhismo já perdeu essa conotação. Outros termos usados são Neo-impressionismo e Divisionismo (embora este último esteja focado mais na teoria das cores, enquanto o Pontilhismo se concentra na forma como se aplica a cor com o pincel).
Georges Seurat
Além dos trabalhos de Seurat e Signac, podemos encontrar a técnica em algumas das obras de Van Gogh, como no seu auto-retrato de 1887, onde os pontos são bem visíveis:
Mais recentemente, na década de 50, pode-se dizer que o movimento Pop Art resgatou e reinventou o Pontilhismo, que pode ser encontrado nos primeiros trabalhos de Andy warhol e mais nitidamente no trabalho de Roy Lichtenstein:
Lichtenstein usou uma sub-técnica conhecida como os “pontos Ben-day“. O nome é uma homenagem a Benjamin Day, ilustrador e gráfico norte-americano. Os pontos agora são de mesma cor e equidistantes e preenchem partes do desenho ou são usados para criar sombras, neste caso com variação de tamanho e espaçamento. Na imagem abaixo pode-se ver a disposição dos pontos no zoom e o efeito criado por eles ao longe:
Os quadrinhos dos anos 50 e 60 usavam muito os pontos Ben-day (conhecidos no Brasil como retículas) para colorirem os desenhos com baixo custo. Hoje softwares e filtros simulam a técnica em desenhos digitais, dando um ar retrô que remete a todas essas referências.
Fontes: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8