Não há como negar, a procrastinação faz parte do processo criativo. Seja por costume, vício, necessidade ou apenas por querer procrastinar, mesmo. Nós sabemos o quanto a procrastinação pode prejudicar o prazo de um projeto, ou atrapalhar a linha de raciocínio que você estava usando para lapidar uma ideia. No entanto, você sabia que podemos nos beneficiar destes momentos de ócio que criamos?
A PROCRASTINAÇÃO
Primeiro, vamos começar pelo significado. “Procrastinar” vem do latim “procrastinare”, que é a união do prefixo pro (encaminhar) e castinus (amanhã). Resumindo: enrolar e deixar tudo para o dia seguinte. A procrastinação acontece numa linha tênue entre a vontade de trabalhar e começar a trabalhar. Muitas vezes as nossas certezas sobre resultados nos jogam na zona de procrastinação. Quando sabemos exatamente qual será a solução visual de uma peça de design, por exemplo. Se foi tão fácil pensar, por que fazer agora? Posso deixar pra depois.
Será?
O problema da procrastinação, que chamarei de ruim, é exatamente o óbvio. Vamos empurrando as tarefas para o turno seguinte, a hora seguinte, o dia seguinte… Até o caos se estabelecer, interna e externamente. Já sofreu da tristeza de chegar ao fim de um dia com zero de produtividade, simplesmente por não conseguir parar de scrollar as redes sociais? Já correu o risco de perder um cliente (ou o emprego) por atrasar um projeto? Pelo menos próximo das duas situações, se você procrastina errado, tenho certeza de que já chegou.
A PROCRASTINAÇÃO PRODUTIVA
Estranho essas duas palavras juntas na mesma frase, né? Eu também achava. Podemos tirar proveito dos momentos de procrastinação de diversas formas diferentes. Se ela for feita de maneira clara e consciente, pode ser uma oportunidade de pensar melhor sobre algo antes de começar: reunir as ideias, organizar insights e buscar inspirações, analisando além das soluções mais óbvias e direcionando o foco para as mais criativas.
Outro método é hackear essa vontade de deixar as tarefas mais complicadas para depois. Organizar uma lista de tarefas diárias é importante. Se você trabalha em agência, estúdio ou como freelancer, provavelmente tem uma pauta pessoal com tudo que precisa concluir. Essas tarefas também envolvem, além dos jobs, desde pendências pessoais até passar um paninho na workstation.
Ok, você quer procrastinar! Então dê utilidade a este tempo. Ponha a sua lista de prioridades de cabeça para baixo e comece a realizar todas as tarefas mais rápidas e fáceis. Além de estar liberando a sua pauta, você estará mais conectado à realidade dos prazos curtos. Se uma tarefa complexa é urgente, mesmo quando estiver fazendo outra, ficará mais consciente da necessidade de iniciar a prioritária.
A procrastinação produtiva também pode ser realizada através de tomates. Ficou curioso? É verdade. Já falamos aqui no blog sobre a Técnica Pomodoro. Ela permite que você mate a vontade de procrastinar por etapas, somando ao descanso necessário que as nossas mentes geniais (heheh) precisam ter durante o trabalho.
ENTÃO PROCRASTINAR É BOM?
Se você estava esperando o “Estudo indica que as pessoas que procrastinam são mais Inteligentes”, infelizmente tenho uma má notícia: Procrastinar não é bom. Mas você não precisa ser radical! A proposta é estruturar estes momentos para torná-los úteis nas nossas vidas. Já experimentou ler um livro no ônibus, ao invés de observar o tempo passar pela janela? Já testou trocar o feed do Facebook pelo do Behance ou Pinterest? Ao invés de passar horas com vídeos aleatórios do Youtube, alimente-se de informação e inspiração em outros lugares.
Aproveitar o tempo é importante para quem quer evoluir.
E VOCÊ, AUTOR, JÁ ACABOU TUDO O QUE TINHA PRA HOJE?
Hã… Essa depois eu respondo, tá?