Design Projetando um Website – Estudo e pesquisa (Parte 1)

Projetando um Website – Estudo e pesquisa (Parte 1)

Por Flavio Santana

Hoje eu vou compartilhar um pouco da minha vivência como profissional da área de web. Neste post eu vou abordar os pontos de como podemos projetar um site do zero e vou lembrar sempre que não é a única forma de pensar e projetar, pois cada profissional trabalha de acordo com sua experiência.

Dividirei o post em duas partes para que não fique muito conteúdo em um só lugar. Então vamos lá!

Entenda o que você faz.

Um web site é uma extensão de marca de um determinado produto ou serviço que atende uma demanda de pessoas, sejam consumidores ou empresas. Um web site não é somente linhas de códigos, textos e imagens mas sim uma experiência de comunicação.

Quando projetamos páginas na web, devemos ter certeza de que estamos fazendo atende a necessidade dos “internautas” e que eles encontrarão o que buscam.

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Após o contrato ter sido assinado e o desafio ter sido aceito, entramos no mundo onde pensamos muito e validamos nossas idéias junto ao cliente. Então vamos entender como podemos trabalhar de forma otimizada e com planejamento.

 

Comece pelo começo!

Quando recebemos um job ou proposta para trabalharmos com projetos web, a primeira coisa que temos que pensar como designers é pra quem e pra que estamos nos propondo a fazer este trabalho. Podemos trabalhar com times de desenvolvedores, designers, redatores e gerentes de projetos ou como freelancers. Independente de onde e quando, nosso objetivo é de solucionar o problema apresentado.

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Se você estiver trabalhando em times de agências ou estúdios, provavelmente receberá o projeto definido por meio de um briefing mas se estiver como freelancer, você terá que criar um.

 

1 – Monte um briefing matador.

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Um briefing é um documento que reune e fornece informações do projeto como objetivos, concorrentes, público alvo, linguagem, conteúdo, tempo de entrega, informações do cliente e de sua marca e demais itens. Ele é construído junto ao cliente, pelo time de marketing ou por quem será o responsável por essas informações. O briefing também ajuda a evitar possíveis frustrações e mudanças de diretrizes não previstas no meio do projeto.

Um briefing não tem regras e nem padrões por ser um documento que varia de acordo com cada projeto. Não irei abordar a fundo sobre briefings nesse artigo, mas trago esse modelo de briefing para estudo. Recomendo para estudar e se aprofundar no assunto o livro Briefing: A gestão do projeto de Design.

 

2 – Saiba tudo sobre seu cliente.

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Com o briefing em mãos, pesquise e entenda o mundo do seu cliente e como o público-alvo se comporta diante dos produtos ou serviços, como seus concorrentes trabalham suas marcas, quais cores você pode explorar, qual linguagem a marca do seu cliente fala, etc.

O objetivo do projeto tem que ser claro e sem uma pesquisa de mercado, dificilmente você conseguirá passar para o usuário as informações que ele busca.

 

3 – Crie painéis semânticos.

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Painéis semânticos ou moodboards é um processo de levantamento de referências visuais como: texturas, imagens, cores, elementos visuais e são usados para ajudar no processo criativo. Em sites, os painéis semânticos podem ajudar também em estruturas de layout, grids, botões, grafismos, etc.

Faça o levantamento do que você poderia usar para diferenciar o seu projeto dos demais, pois quanto mais repertório você tiver melhor será a sua proposta visual. Reúna o máximo de informações para criar um leque de opções para se inspirar e para evitar de “repetir” idéias que já foram criadas.

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Exemplo de painéis semânticos, Google Images

 

4 – O conteúdo é rei.

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O conteúdo é quem define os textos, imagens e a essência do projeto e como ele conversará com o usuário. Normalmente o redator reúne o material para criar, revisar e definir o conteúdo de acordo com o briefing e com reuniões junto ao cliente.

A importância desse ponto e a clareza do conteúdo que irá ajudar criar o mapa do site, a prever a quantidade de páginas que existirá e orientará qual será a estrutura a ser seguida. Sempre que possível trabalhe com a ajuda de um redator, pois sem conteúdo não existe projeto e nem comunicação.

 

5 – Arquitetura da informação e interação

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A arquitetura da informação é a estratégia de organizar a interação, a hierarquia de informação e ajuda o usuário a navegar no site e ser direcionado de acordo com o objetivo do projeto, seja para a venda de um produto ou a conversão de um cadastro online.

Você tem que se certificar que o usuário saiba de onde está vindo, pra onde está indo e que ele não se perca dentro do site.

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Exemplo de um sitemap, BitStrategist.com

 

6 – Rabisque e valide suas idéias.

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Wireframes são propostas estruturais de arquitetura e posições dos elementos dentro do layout do site. Na maioria das vezes é sempre recomendado utilizar cores neutras e tipografias simples para criar wireframes, pois a função dos wireframes é de teste de funcionalidades e usabilidade e não de definição da interface gráfica.

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iPhone Wireframes, Creative Dash – Dribbble

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iPhone Timeline, Virgil Pana – Dribbble

Definido o conteúdo do site, nesta fase já podemos começar a esboçar o wireframe e definir a arquitetura da informação e validar idéias para viabilizar as funcionalidades e usabilidade do site. É muito comum e não é regra, designers criarem as interfaces sem prever sua estrutura e se realmente o que está criando ficará funcional.

Aqui já devemos produzir os wireframes pensando no conceito de mobile first e a técnica de design responsivo. Por isso sempre teste e valide antes de começar a desenhar a interface gráfica do site.

Não existe regras para se criar um wireframes e ele pode ser criado com lápis e papel ou em softwares gráficos. Existem recursos como modelos de wireframes em papéis gratuitos para baixar como no Sneakpeekit ou softwares como Balsamiq Mockups, Axure, UXPin e muitos outros que ajudam no processo.

Na segunda parte do post, falarei sobre protótipos, guia de interfaces de usuário (GUI), experiência do usuário (UX), publicação e testes. Se ficou alguma dúvida ou se tem algo a acrescentar, fique a vontade :)

Forte abraço.

Software utilizado

Adobe Illustrator CC

Referências

Briefing por André Felix http://www.slideshare.net/necaboullosa/modelos-de-briefing
Web Content Tool http://bit.ly/10dfvJI
Moodboard Tool http://bit.ly/1vW7Y0i
Wireframing, Prototypes and Tools http://bit.ly/1BQp4ix

Icon Designers from The Noun Project: buzzyrobot, Darren Wilson, Mike Rowe, Garrett Knoll, Dan Hetteix, Björn Andersson, Samuel Q. Green, Martha Ormiston, Jaclyne Ooi, Christopher Holm-Hansen, NATAPON CHANTABUTR

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