SUSTENTABILIDADE NÃO É MARKETING, ENTENDA:

Segundo a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, a sustentabilidade é o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Esse movimento é gerado através de ações sociais, empresariais, econômicas etc. Sabendo-se que a Publicidade e Marketing são ações de divulgação para o público que está inserido nessas categorias sustentáveis, é notório afirmar que ambos caminham juntos.

Tendo em consideração que recursos não são infinitos, os atos de reciclar e se conscientizar são o mínimo que qualquer ser humano pode fazer. São mais que tudo atos de educação, afinal, é a sua casa para o resto de suas vidas e gerações. As empresas dentro da estratégia de funil de vendas, que é nada mais que a jornada de etapas de compras de um consumidor, precisa representar seus valores dentro dos conteúdos que irão abordar.

O consumidor precisa sentir e saber que a marca que ele consome traz a esperança de uma vida e um futuro melhor. A sustentabilidade é tão importante que deve ser estampada no ato de educar também o consumidor, mostrando que seu produto abraça a causa ambiental que nada mais é que também a causa da sobrevivência. Uma marca necessita transmitir antes de qualquer coisa, humanidade.

A sustentabilidade não é um hype, uma moda, uma trend do tiktok, uma hastag do instagram ou um verde estampado numa campanha publicitária. Ser sustentável é uma responsabilidade de todo ser humano que deseja sobreviver, é uma carência e na maior parte para um lado social mais prejudicado pelo massacre do capitalismo, em que numa balança desigual a classe alta gera mais lixo e a baixa segue sofrendo com o consumo exagerado pregado pelas grandes empresas e nunca alcançado em totalidade por essa classe. Esse consumo desenfreado é vendido como sinônimo de felicidade, como a maior necessidade atual do homem.

O marketing para trabalhar junto com a sustentabilidade precisa agregar seus valores. Se sua empresa não tem um pingo de consciência ecológica, não adianta nada ela vender uma máscara de “eco friendly”. Uma empresa não vende sem saber qual será seu lucro, como também uma empresa não pode vender sem saber as consequências sociais e ecológicas que trarão.

As marcas entregam não apenas o produto que está sendo estampado numa prateleira, ela vende valor e história. A Coca-Cola não vende apenas refrigerantes, ela vende a ideia da união de família, casais, amigos. A McDonald’s não vende apenas hambúrgueres, ela vende felicidade. A Nike não vende apenas sapatos, ela vende confiança, perseverança, “just do it” apenas faça, todos podem e você também. A história da vida de todo ser humano que consome qualquer produto é sobreviver acima de tudo, cada ideal inserido em qualquer ação dentro de todas as marcas representa um ser humano que não é apenas um consumidor, um número, mas alguém com uma história de vida única.

“O relatório divulgado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontou que é necessário reduzir as emissões de gases de efeito estufa pela metade até 2023.” – CNN Brasil. Em entrevista com a rádio CNN, Thelma Krug, vice-presidente do IPPC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas)  disse: “Temos cenários para o futuro que podem levar a algo sustentável e outros em que teremos situações insustentáveis, distribuídas de forma que os mais vulneráveis serão os mais afetados.”

A sustentabilidade é uma necessidade para todos e não pode ser única e exclusivamente uma estratégia de marketing. Ela precisa ser um valor que as empresas, desde a pequena à grande, precisam carregar em prol da vida. E que todos possam associar essas notícias:

CNN Brasil

Como descaso de um tema tão importante, que não deveria ser visto apenas em portais sobre meio ambiente, ou em redes sociais de ativistas.

A Responsabilidade Social de uma empresa não é apenas criar um slogan sustentável, criar um design verde, inserir animais e dizer que o mundo é mais belo se você comprar aquele produto, vai muito além. As indústrias são as maiores poluentes do planeta, desde seu despejamento de produtos tóxicos muitas vezes ilegais, afetando a fauna local, matando diversas espécies, escravizando populações para produções exageradas em massa. E no fim de tudo essas mesmas empresas agem como se isso não fosse um problema delas.

Com o capitalismo selvagem que estamos vivendo nos dias atuais, com cada vez mais a taxação de preços sobre vidas – humanas ou não – se tornando mais cruel e radical, se faz mais que necessário uma ação assertiva por parte de todas as empresas que são órgãos vitais da “máquina de moer gente” (como dizia o antropólogo Darcy Ribeiro) chamada capitalismo, para reduzir ao máximo o desastre ambiental que vemos seguir sem freio diariamente. E é preciso deixar muito claro que os responsáveis pelo aquecimento global não são em primeiro planos as pessoas, seres individuais, mas sim as grandes multinacionais, o agronegócio, os garimpos ilegais, a ampla utilização de agrotóxicos, que se comparadas às ações de cada pessoa são infinitamente maiores. Eles destroem o planeta e nós como cidadãos que recebemos a conta no final.

O marketing é o ato de persuadir o consumidor a algo, e esse algo antes de chegar às mãos desse consumidor primeiro passou por diversas equipes que pensaram aquilo, que antes de ser um produto é uma ideia. O marketing precisa ser criativo, chamar atenção, mas o preço disso não pode estar acima de vidas ou da natureza. E lembrando sempre, desde o título dessa leitura, sustentabilidade não é marketing, é uma obrigação com o Planeta Terra.

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