Cinema e Séries The Last Of Us: Dos controles à pipoca! A adaptação do Jogo para a Série.

The Last Of Us: Dos controles à pipoca! A adaptação do Jogo para a Série.

Por Oliver Pontes

Finalmente foi ao ar!

A premiada HBO neste ano de 2023 apostou em entregar uma ótima série dentro de seu vasto catálogo, e com a fama de emissora que traz muita aclamação e conceito ao público, ela veio aí trazendo o live-action The Last Of Us. Baseado em um jogo eletrônico, a trama promete a muitos fãs de carteirinha uma ótima adaptação e a um público novo, uma descoberta de mundo que seja talvez inteiramente inexplorado.

Lançado em 2013, o videogame estabeleceu uma base fiel de fãs e era um grande desafio para a HBO conseguir fazer uma adaptação que, ao mesmo tempo, trouxesse e agradasse os antigos fãs dos jogos para a produção, como também despertar o interesse de espectadores que não conhecem o material base.

O episódio piloto, com o marco de segunda maior estreia do canal com mais de 4.5 milhões de espectadores, tanto ao vivo quanto pela HBO Max, sua plataforma de streaming, recebeu uma quantidade significativa de elogios pelo público nas redes sociais e por críticos especializados por suas cenas que em diversos frames são idênticas às vistas nos jogos.

Confira um exemplo no vídeo abaixo:

Créditos: Youtube @Cycu1

Mas essa fidelidade é o bastante para considerar uma adaptação como boa?

Muitos tendem a usar esse critério para separar as adaptações cinematográficas consideradas boas das ruins. Mas é preciso levar em consideração a ideia que o próprio nome mesmo já carrega em si: adaptação é trazer uma história estruturada em um tipo de mídia (livros, jogos, mangás, animes, animações, hqs, etc) para outra. Assim como toda tradução de um texto de uma língua para outra precisa levar em consideração certos contextos culturais e sociais de cada lugar para assim não perder o seu sentido, uma adaptação cinematográfica precisa funcionar exatamente como tal, e tendo isto posto, é preciso um certo olhar criativo para escolher o que é pertinente ou não narrativamente falando para que a obra se faça completa dentro da plataforma em que está inserida.

Quais mudanças no roteiro podem enriquecer a história?

Que características físicas de personagens são essenciais e quais são insignificantes e podem ser alteradas sem comprometimento para a narrativa?

Inclusive algumas das críticas negativas à série estão voltadas a escolha da atriz não- binária (gender-fluid) Bella Ramsey, que ao lado de Pedro Pascal interpretam os protagonistas Ellie e Joel, por segundo alguns não se parecer o bastante com a personagem nos jogos. A não ser nos casos em que a narrativa está pautada nas características físicas dos personagens (étnicas, raciais, deficiências, etc), mudá-las não compromete em nada a mensagem da história.  

Comparação do jogo vs série.

Portanto, uma adaptação boa é aquela que consegue fazer o texto caminhar com suas próprias pernas, funcionar como uma obra que se basta em si mesma, sem precisar a todo momento depender única e exclusivamente das referências e nostalgia do material original. E isso, até o dado momento, The Last of Us mostra fazer muito bem. 

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