Chamar a atenção do consumidor pode ser mais simples do que se imagina, o que não significa que seja fácil. Comumente, os profissionais da área realizam abordagens muito brutas para a era em que vivemos. Claro que existem diversas técnicas para potencializar o marketing do seu projeto, empresa ou produto, mas hoje decidi falar um pouco sobre o poder do magnetismo.
O MARKETING TRADICIONAL
Generalizadamente falando, a publicidade veiculada em mídias como rádio e televisão tentam atrair o público através de verdadeiros berros. Gritam por atenção, tentando empurrar um produto ou serviço ao suposto potencial cliente. Os donos de pequenos negócios, e até mesmo dos grandes, não enxergam o quanto esse tipo de abordagem possui falhas que podem ser intrusivas, gerando uma inconsciente aversão a quem está entrando em contato com a campanha. Na maioria das vezes, o consumidor que lida com essas abordagens ignora todas as mensagens, acabando até por comprar em um local diferente.
O MARKETING MAGNÉTICO
No marketing magnético, a estratégia é justamente contrária: ao invés de empurrar produtos, o que se foca é puxar o consumidor, como um imã faz com objetos de metal. Através de certos métodos, é possível atrair o cliente até você, o pondo em busca do valor agregado ao que está sendo divulgado. A grande sacada é engajar o consumidor com o conteúdo veiculado. Desta maneira, ele irá associar o seu negócio com experiências positivas, confiança e qualidade.
A TÉCNICA DA MAIORIA MAGNÉTICA
Você já notou o quanto nós queremos, subconscientemente, fazer parte da maioria? Ao adentrar um restaurante vazio, tendo outro cheio ao lado e com fila de espera, concluímos que a segunda opção oferece os pratos mais saborosos entre os dois. O motivo parece óbvio: são mais pessoas em busca da comida no local, se dispondo até mesmo a aguardar para consumir. Valor agregado. O detalhe disso tudo é que este fenômeno ocorre diariamente, em diferentes situações, contextos e camadas. Como o Erico Rocha explica neste vídeo, o efeito da maioria magnética pode ser convertido em técnica e aproveitamento, assim possibilitando utilização a favor do seu marketing. Essa dinâmica também é chamada de “prova social”.
O CASO DOS 50,000,000 FÃS DE ELVIS PRESLEY
Em 1959, a RCA Victor lançou uma coletânea de músicas do com o nome “50,000,000 Fãs de Elvis Presley não podem estar errados”. O resultado? A coletânea se tornou platinum. Mesmo com 50 milhões de consumidores demonstrando sua paixão pelo lendário artista, a gravadora sabia que que ainda haviam outros milhões a atingir com a famosa dança do Elvis. O título dado ao álbum é um atestado do efeito da maioria magnética (ou prova social). Como você pode errar investindo na marca do Elvis, se 50 milhões já investiram antes?
No livro, “Influência – A Psicologia da Persuasão”, Robert Cialdini descreve prova social como “a tendência de ver uma ação como mais apropriada quando outros a estão fazendo.” Cialdini afirma que a prova social é mais poderosa quando nós não temos certeza do que queremos fazer.
4 TIPOS DE PROVA SOCIAL
1 – Prova social por Expert – Alguém com credibilidade no assunto. Pode ser um blogger/vlogger conhecido, um empresário ou autoridade no mercado em questão. Estas pessoas poderão transmitir uma influência poderosa ao público.
2 – Prova social por Celebridade – Muito usado em comerciais de TV, é o método de conquistar a confiança através da presença de uma pessoa famosa e carismática. Inconscientemente, o consumidor sente que a opinião daquela celebridade é importante e que ela “sabe do que está falando”.
3 – Prova social por Usuário – Pessoas compartilhando experiências, mostrando que passaram pela mesma situação que o cliente em potencial. É um tipo de prova social que, se explorado com mais sensibilidade, pode trazer resultados eficazes.
4 – Sabedoria da Multidão – Essa se refere à popularidade de um produto. O caso do Elvis Presley é um ótimo exemplo para que você entenda. É importante tornar explícito que “a maioria das pessoas está fazendo”.
A indecisão estará sempre na cabeça do seu público. O tempo todo se perguntam o que ler, comer, ouvir, vestir, assistir, comprar ou tentar.
Eles podem confiar em você?
Fontes: Houston Chronicle, Kissmetrics, livro “Influência – A Psicologia da Persuasão”