Personagem que marcou gerações, o ator Roberto Bolaños, criador de personagens como Chaves e Chapolin, morreu aos 85 anos nesta sexta-feira (28), em sua casa em Cancún, no México, segundo informações da rede de televisão mexicana Televisa.
Filho de uma secretária bilíngue Elsa Bolaños Cacho e do pintor, cartunista e ilustrador Francisco Gómez Linares, Roberto Goméz Bolaños se formou em engenharia elétrica na Universidade Nacional Autônoma do México, mas nunca exerceu a profissão.
Preferiu seguir outro caminho e começou sua carreira como escritor criativo, através do rádio e televisão durante a década de 1950. Dedicava a maior parte de seu tempo a escrever.
Dentre suas mais célebres obras, está “Chespirito”, que é a forma diminutiva e castelhanizada do vocábulo inglês Shakespeare (Chekspir). Tal apelido foi dado a Bolaños pelo diretor de cinema Agustín P. Delgado, que o considerava um pequeno William Shakespeare, capaz de escrever histórias tão prolíficas e versáteis quanto o autor inglês. Roberto ganhou este apelido quando escreveu o roteiro para o filme Los Legionarios, primeiro filme em que Chespirito trabalhou.
Em 1968, começaram as transmissões Independentes de Televisão no México e Chespirito foi chamado como escritor para a realização de um programa com duração de meia hora. E assim, nasceu “Los Supergenios de la Mesa Cuadrada”. Ao lado de Chespirito, contracenavam Ramón Valdés, Rubén Aguirre e María Antonieta de las Nieves.
Em 1970, o programa teve sua duração aumentada. Nessa época, surge o Chapolin Colorado, um herói atrapalhado. Um ano depois, foi criado o personagem que se tornaria o maior sucesso de Bolaños, Chaves. Ambos os personagens funcionaram tão bem que as sketches se tornaram séries independentes de 30 minutos de duração em 1973, após o fim do Programa Chespirito.
Por causa de seus roteiros recorrentes, os programas se tornaram sucesso em todo o mundo, graças a simpatia de Roberto Gómez Bolaños e do grupo de atores em distintas épocas formado por Carlos Villagrán, Ramón Valdés, Florinda Meza, Rubén Aguirre, Édgar Vivar, Angelines Fernandez, Raúl Padilla, Horacio Gómez Bolaños e María Antonieta de las Nieves, que também encontraram a fama internacional que todos nós conhecemos.
Por fim, foi alguém que marcou gerações e deixou um legado tão grande, que o seriado Chaves continua no ar depois de 30 anos no Brasil, e depois de 40 anos em toda a América Latina, fazendo com que assim pela simplicidade das produções entrasse para a história da televisão.