Cinema e Séries Meu Malvado Favorito 3: Gru cada vez mais bondoso e hilário

Meu Malvado Favorito 3: Gru cada vez mais bondoso e hilário

Por Erica Oliveira Cavalcanti Schumacher

Gru está de volta e sua família não para de crescer: ganhou 3 filhas no primeiro filme, uma esposa no segundo e acaba de ganhar um irmão gêmeo com o terceiro longa. E com a expansão do núcleo familiar, seu passado de vilania está cada vez mais distante do atual pai de família responsável. Mas isso não significa que seu humor maléfico tenha ficado para trás.

O terceiro longa do chefe dos Minions comprova que o fôlego da série está longe de acabar. Para esse novo filme, temos um Gru totalmente voltado às mulheres de sua vida: tenta agradar sua nova chefe e sua mãe, é um marido atencioso e um pai amoroso. Divertidamente, é sua esposa Lucy quem não leva muito jeito para a maternidade, legando ao ex-vilão as tarefas mais difíceis da educação de Margô, Edith e Agnes.

Sua vida sofre uma reviravolta quando é demitido do serviço secreto após deixar o vilão Balthazar Bratt escapar por entre os dedos e descobre a existência de um irmão gêmeo, criado apenas pelo pai no exterior. O vilão da vez é um ex-ator traumatizado pelo papel na década de 80. O visual de Bratt confirma o apego ao passado: roupas, acessórios, cabelo, joguinhos e artimanhas são todos vindos de 30 anos antes e a trilha sonora é embalada por Michael Jackson, A-Ha, Madonna, Phil Collins e outros sucessos da época, que ganham um valioso reforço de Pharrel Williams durante todo o filme.

Com os Minions demitidos por Gru, os mascotes tentam encontrar um propósito ao qual se dedicar e suas aventuras são um show à parte. Os diretores Pierre Coffin e Kyle Balda tiveram a precaução de não tomar o protagonismo de Gru e sua família do filme para os Minions, porque isso é muito fácil de acontecer a todo momento em que seres amarelos surgem na tela.

O filme ganhou muito com o visual deslumbrante. Cores e efeitos especiais estão muito bem afinados e o resultado é a garantia de diversão para públicos com faixas etárias diversificadas. Em alguns momentos, as piadas chegam ao nível da obscenidade velada, o que garante gargalhadas do público mais velho e humor subentendido para os mais jovens. A dublagem brasileira também vale um destaque positivo, pois o trabalho de Leandro Hassum (Gru e Dru), Maria Clara Gueiros (Lucy) e Evandro Mesquita (Balthazar Bratt) merece ser parabenizado.

O amadurecimento também faz parte do longa, que retrata uma família em construção, onde cada um tem algo a desenvolver. A pré-adolescência de Margô já preocupa Gru, Edith está mais responsável por Agnes e essa caçula, embora continue sendo a parte mais fofa da história, já mostra certa desenvoltura em sua pureza. Lucy se esforça em tornar-se uma boa mãe e mesmo exagerando algumas vezes, sua boa intenção deve ser lavada em consideração. Já Gru tem de lutar constantemente contra o seu passado aventureiro e a presença do novo irmão nem sempre contribui com seu esforço pessoal para ser uma pessoa do bem. Ainda assim, um tem muito a oferecer ao outro.

O resultado acaba sendo um filme para toda a família. Diferentemente das animações destinadas exclusivamente para crianças, Meu Malvado Favorito 3 é o tipo de filme que pode oferecer mais doses de humor aos mais velhos, mas está longe de desagradar os mais inocentes. É provável que seja uma das maiores bilheterias do gênero em 2017, e se for, será merecido. Por tudo isso, ponto para a Ilumination, que só tem a ganhar com Gru e seus Minions.

Assista ao trailer:

 

 

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