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A Importância de Vender

Por Marcos Torres

Fala criativos!

Vamos falar hoje sobre um assunto universal a todos nós: Vender, O que é? Para que serve? Como ser melhor? Para muitas pessoas, a palavra “venda” ainda possui um caráter muito apegado as doutrinas mais extremas do capitalismo, porém a grande verdade é que vender é algo tão inerente a nós humanos quanto respirar, trespassando questões econômicas ou políticas.

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Foto de Hamza Butt

O que é vender?

Na definição do dicionário Aurélio podemos encontrar a palavra “vender” sob a seguinte descrição: “Ceder, mediante preço convencionado”. Ao que fica claro nessa descrição, não se é específico quanto ao que em sí é cedido, sendo assim podemos alegar que qualquer coisas pode ser cedida, desde um bem físico e tangível (ex: um carro), até um capital intelectual/emocional e intangível (ex: uma ideia). Agora falando a respeito de preço convencionado, precisamos antes compreender o que seria “preço” , na definição do dicionário Aurélio ele é descrito como: “valor pecuniário de uma coisa ou dinheiro que se dá por ela”. Dessa maneira, podemos afirmar que preço convencionado pode ser descrito como o capital acordado entre duas partes em um processo de venda, isso não precisa necessariamente implicar em dinheiro, mas em algum tipo de recompensa pelo que foi cedido.

Assim, temos uma visão muito menos afunilada do que seria vender e, como expliquei em outro post nosso falando sobre o mercado criativo, tudo são vendas e você está diariamente vendendo em quase todos os momentos de sua vida. Vamos a alguns exemplos práticos: O que é uma amizade? É um acordo de amistosidade entre duas pessoas, a amizade só existe quando ambas as partes cedem de maneira afetiva. Assim existe nessa relação tanto um troca como uma venda, visto que você não ficará amigo de uma pessoa (realizar uma compra) a não ser que veja algo de positivo nela (recompensa) e vice-versa.

Foto de Perzonseo Webbyra

Novamente, desconstrua a imagem de vendas que você tem, não há nada de frio e capitalista em pensar em relações dessa maneira, vamos a outro exemplo: Imagine que você goste de uma vaga que abriu em uma empresa e se candidate, claramente essa vaga está aberta ao público e outras pessoas também vão se candidatar, apenas uma sairá contratada, quem você acha que será? Obviamente, que se vender melhor. E o que é se vender melhor nessa situação? É se mostrar adequado e de valor inestimável para a vaga aberta e para a empresa, é ter algo a oferecer de atrativo a mais que os demais candidatos. Empresas escolhem funcionários assim como você escolhe produtos no supermercado, sempre iremos pelo custo benefício na hora de comprar. Até mesmo em relacionamentos amorosos acontece esse princípio, você jamais ficará com uma pessoas que não se sente atraído, o que lhe causa a atração em sí é a recompensa da sua “compra”. Visto isso, atrair aquela pessoas que você está interessado é simples se você se visualizar como um produto que quer que ela compre, veja ela como o público-alvo, compreenda suas afinidades e gostos e a partir disso faça a curadoria do que é necessário para realizar a sua venda de maneira efetiva.

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Foto de James Baker

Criatividade é Marketing / Marketing é criatividade

São grandes chances que você leitor do blog aqui trabalhe na indústria criativa. Provavelmente, o que te guiou a fazer essa escolha profissional foi sua afinidade artística e a vontade de criar. Contudo a grande verdade, e que muitos que já estão no mercado a mais tempo já sabem, é que na maioria das vezes seu trabalho não será nada criativo, mas muito mais burocrático e administrativo, assim como envolverá muito saber vender. Focar unicamente em fazer seu trabalho criativo, seja ele tirar fotos, fazer ilustrações e etc, pode até trazer bons frutos e facilitar seu progresso, porém de nada vai adiantar se você não souber defender a sua proposta da maneira adequada. E é ai que ter que pensar de maneira criativa se une a saber vender, são duas coisas que não são dissociáveis, vejamos um case famosos a anos atrás do artista Bansky que durante o mês de outubro de 2013 decidiu fazer uma intervenção diferente por dia em Nova Iorque:

Durante essa ocasião, Bansky acima de querer apenas fazer sua arte, estava vendendo seu conceito e seu propósito ao se tornar a notícia dos jornais na época. Assim, “se vender” não se trata de um processo tradicional, linear e engessado que estamos acostumados a observar no cotidiano. Saber vender é saber ser criativo e autêntico, é saber chamar atenção sem ser algo massante. Dois anos após esse evento, Bansky não precisou se esforçar muito para divulgar o seu parque de diversões “Dismaland” que receberia a visita de 4.000 pessoas:

Claro, sei que aqui mostramos alguns exemplos um tanto extravagantes, mas dá próxima vez que for pensar sobre o conceito de de “venda” e “se vender” você agora tenha uma perspectiva mais otimista e branda sobre o que isso realmente significa e de como isso nos rodeia o tempo todo. Nos falamos no próximo post.

 

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