Design Afinal, o que o Design tem a ver com Inovação?

Afinal, o que o Design tem a ver com Inovação?

Por Islard Rocha

Vivemos em um mundo em que cada vez mais se fala sobre inovação e para nós designers e criativos parece ser uma “obrigação” que todos nossos projetos sejam tidos como inovadores.

Afinal, quantas vezes já escutamos que um bom design deve ser inovador?  Quantas vezes nossos projetos já foram tidos como pouco inovadores por nossos professores de graduação?

Porém, as grandes questões são: será que realmente sabemos o que é Inovação? Ou melhor, será que todos os que já julgaram nossos projetos sabem o que é inovação?

Ao se fazer uma breve busca sobre o conceito de inovação, encontrei uma definição no site significados.com.br que achei bem interessante por mostrar bastante desse vasto universo que todos chamam de inovação.

“Inovar é inventar, sejam ideias, processos, ferramentas ou serviços. A ideia de inovação, no entanto, não deve ficar fadada apenas à invenção de novos produtos, serviços ou tecnologias, mas também ao valor ou conceito de determinada coisa, como o modo de organizar uma empresa, por exemplo.”

Ou seja, pode-se observar que a inovação é muito vasta e consequentemente abre espaço para diversas interpretações do que é inovação.

Um dos motivos que mais me motivou para escrever esse  artigo a respeito de Design & Inovação se deu devido ao se discutir, hoje, em um mestrado que não é em Design sobre o que é inovação e perceber que esse foi um tema pouco abordado durante minha graduação, tanto em sala de aula quanto em eventos fora da sala de aula a inovação em si nunca foi um tema que entrou em discussão. O motivo para esse tema nunca ter entrado como foco de discussões eu realmente não sei… Acredito que por estarmos focados em criar produtos – falo “produto” no sentido de algo que seja resultado de um projeto – disrusptivos nunca paramos para pensar sobre qual é o conceito de inovação, ou até mesmo o que nós interpretamos como inovação.

Ao pensar nisso tudo, voltei novamente para aquela questão de um dos artigos que já escrevi aqui: o designer pensante é capaz de gerar inovação, mas será que estamos sendo formados para isso?

Com essa inquietude resolvi buscar referência dentro do Design que já falaram desse tema e encontrei um artigo muito interessante da Ellen Kiss, escrito para o designbrasil.org.br, cujo o título é: Criatividade, Design e Inovação.

Neste artigo a Ellen Kiss traz a definição de inovação da seguinte maneira:

“Inovação é exploração bem sucedida de novas ideias. É o processo que conduz a geração de novos produtos, novos serviços, novas formas de gerenciamento de negócio ou até novas formas de se fazer negócio”

Particularmente, acho essa definição da Ellen uma das melhores e mais simples de se compreender o que é inovação. Logo em seguida ela também nos mostra uma definição para Design com toda certeza responde a questão que o título deste artigo traz.

“Design é o que integra criatividade e inovação. É a disciplina de transforma ideias em tangíveis práticos e atrativos para usuários e consumidores. Design pode ser definido como a criatividade aplicada com foco em uma determinada intenção.”

Ou seja, Ellen nos mostra que o Design é o elo entre o criar e o ato de inovar. Uma vez que precisamos criar de maneira direcionada para que possamos de fato gerar inovação.

Ainda em relação a definição da Ellen para a palavra inovação, achei a parte “Inovação é exploração bem sucedida de novas ideias” bastante interessante, pois nos mostra que não se trata apenas de explorar ideias. Trata-se de explorar ideias bem sucedidas, ou seja, é necessário prototipar nossas “ideias” para que consigamos valida-las e posteriormente explorar ideias bem sucedidas.

Foi exatamente nesse ponto que encontrei a maior parte dos erros dos meus projetos da graduação, durante esta fase da minha vida possuí grandes dificuldades para prototipar meus projetos e encontrar seus pontos positivos e negativos.

Hoje, a prototipação é uma prática bem comum em meu cotidiano na Sabiá – Design Colaborativo e consigo ter uma interpretação mais alinhada com o pensamento da Ellen Kiss, mas mesmo com o incentivo dos meus professores para que isso acontecesse durante a graduação, isso não era possível devido a falta de recursos da universidade para que isso acontecesse e até mesmo a falta de recursos financeiros para fazer isso fora da universidade.

Por fim, acredito que muito de nós falamos de inovação, mas poucas vezes buscamos nos aprofundar neste universo para alcançar o tão sonhado “produto inovador”. Espero que com esse artigo eu tenha contribuído para que busquemos “tirar nossos projetos do papel” e transformá-los em ideias bem sucedidas para que possamos alavancar a inovação no nosso país.

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