O ano ainda não acabou (sendo mais exata, neste exato momento faltam 15 dias, 13 horas, 51 minutos e 45 segundos, 44, 43…), mas já está virando a curva. Nos damos conta disso quando começamos a assistir a campanha de final de ano da Globo.
Olhando para trás, podemos ter muitas constatações, mas sem dúvida foi um ano agitado, até confuso eu diria. Copa do Mundo, Eleições e as diversas manifestações foram talvez as maiores responsáveis por esse turbilhão de acontecimentos. Mesmo os que dizem não gostar de futebol, não ligar para política e não se comover com as manifestações, foi impossível ficar alheio ao que repercutiu com toda a força na grande massa. Quem de alguma forma está ligado à comunicação, como os designers, por exemplo, menos ainda.
Nem bem terminou a Copa no Brasil e os designers já estavam com os olhos voltados para a Rússia, analisando o logo da Copa de 2018 e seus desdobramentos. Designers estes que, inclusive, tiveram uma boa notícia neste ano em sua luta para a regulamentação da profissão. Mesmo que caminhe a passos de formiguinha, precisamos acreditar que essa regulamentação saia o mais breve possível, e que ela possa trazer a estes profissionais segurança e valorização. Valorização esta que anda rara, ainda mais com sites de livre concorrência se proliferando por aí. Margem para polêmicas e discussões sobre isso não faltaram neste ano.
Nesse mundo da comunicação, 2014 foi também um ano de adeus a grandes ícones. Roberto Bolaños, o eterno Chaves, que fazia parte de um humor inocente tão em falta hoje em dia e Sérgio Rodrigues, com sua brasilidade. E porque não falar também no adeus definitivo do Orkut, um precursor das redes sociais.
No campo do design, o que mais me chamou atenção neste ano foi a invasão do Low Poly Art. Apesar da importância de seguir tendências, algumas marcas se reconhecem e são reconhecidas por sua tradição e entendem a importância de se valorizar um clássico.
E, como boa bairrista que sou, representante do sul, não poderia deixar de expressar meu orgulho por termos Curitiba eleita pela Unesco como uma das cidades do design.
Para finalizar, uma listinha de desejos pro Papai Noel, que como um ser antenado que é, certamente é leitor do blog:
– Briefings mais completos;
– Logos em vetor;
– Que os sobrinhos voltem a ser apenas sobrinhos;
– Um bug catastrófico em todos os sites de livre concorrência;
– A extinção do “eu não gostei, mas não dizer o porquê” e também do “aproveita esse espaço vazio para aumentar o logo” e
– Que todo o designer seja valorizado como profissional sério.
Gisele Monteiro