Crítica | A Morte do Demônio: A Ascensão

A Morte do Demônio: A Ascensão é um filme de terror slasher que faz parte da clássica franquia A Morte do Demônio, que teve o primeiro título lançado em 1981. No filme, Beth (Lily Sullivan) vai até Los Angeles para visitar sua irmã mais velha, Ellie (Alyssa Sutherland), que mora com os três filhos em um pequeno apartamento. Com uma relação distante, essa seria a oportunidade para uma reaproximação entre as irmãs. Porém, o reencontro toma um rumo macabro quando elas encontram um livro antigo que dá vida a demônios possuidores de carne. Agora, para sobreviverem, serão forçadas a enfrentar uma versão aterrorizante da família.

Se você é fã do clássico original de 1981, gostou da sequência de reinicialização de 1987, abraçou o tom cômico do terceiro filme em 1992 e aprovou o remake de 2013, prepare-se para a melhor experiência de terror com ‘Evil Dead Ascensão ‘(2023). A mais recente adição à franquia promete proporcionar emoções ininterruptas e vai deixar você implorando para não ir com a mamãe.

 “Evil Dead“, intitulado “Evil Dead Rise” (2023), é um excelente exemplo de um filme de terror de baixo orçamento bem feito. O diretor Lee Cronin tece habilmente uma intrincada mitologia, apresentando livros demoníacos, batalhas passadas com padres e até mesmo discos de vinil que impulsionam a trama adiante. Apesar da complexidade da tradição, Cronin introduz gradualmente o conceito de possessão demoníaca ao público, permitindo que eles fiquem totalmente imersos na história antes que o caos se instale.

Antes mesmo de a ameaça sobrenatural entrar no apartamento dos personagens principais e atrapalhar suas vidas, o roteiro leva um tempo para estabelecer suas personalidades e lutas pessoais, tornando mais fácil para os espectadores se conectarem com eles.Ao focar na família no centro da história e em sua dinâmica única, o filme aumenta a tensão e prepara o cenário para os terríveis eventos que se seguem.

Além disso, existem vários elementos ao longo do filme que se alinham com a franquia como um todo. Sejam imagens grotescas, ângulos de câmera distorcidos para aumentar a tensão, o ponto de vista do demônio ou a icônica motosserra, espingarda e claro, a inclusão das clássicas cenas no elevador.

Nada menos do que seis mil litros de sangue foram utilizados nas filmagens de A Morte do Demônio: A Ascensão e você, assim como eu, vai sentir cada gota dele durante a sessão. Para os fãs antigos da franquia, a visão dos personagens completamente cobertos de vermelho é quase um conforto (por mais estranho que isso possa parecer) e esse exagero esperado complementa todos os outros. 

A sensação é de que o filme de 2023 estica um pouco mais a corda do absurdo do que a produção anterior, de 2013, por exemplo, e mantém a criatividade na tortura. Cacos de vidro, olhos furados, facões e todos os outros mecanismos básicos para causar aflição estão lá. A extravagância causa o resultado esperado e talvez a melhor característica de A Morte do Demônio: nos fazer rir de nervoso. E a verdade é que isso é o suficiente.

No dia 20 de Abril de 2023 você poderá conferir nos cinemas uma história de terror envolvente, sangrenta e atmosférica que fará você pular da cadeira (ou ter vontade de vomitar) com as suas cenas intensas e violentas. O filme certamente deixará uma impressão duradoura, pois, eu pessoalmente, nunca mais olharei para um ralador de queijo, um copo de vidro e materiais de construção da mesma maneira.