Cidade invisível, está mais visível do que nunca. Só não sei, se em sua melhor forma. A segunda temporada da série de sucesso brasileira, que explora o folclore do Brasil, chegou com força, porém, cheia de furos, inconsistências e mais veloz que a mula sem cabeça correndo solta. A temporada, no geral, não é de toda ruim. Ela começa com a filha do Eric (Marcos Pigossi) em busca por trazê-lo de volta de algum lugar, acompanhada da Cuca (Sandra Negrini), que está atuando como uma tutora da menina. A partir disso, novos personagens do folclore vão sendo introduzidos de forma jogada e muito rasa, além de uma trama de exploração do sobrenatural muito mal explicada (já que na primeira temporada, Cuca e sua turma, lutavam para manter o sobrenatural escondido a todo custo). O protagonista vira algo, que só Deus sabe o que é, a filha dele, ninguém diz o que ela é. Criando essa salada mista mal montada, vai criando uma história de cheia de furos, regras de morte do sobrenatural mal explicadas, bagunçada e extremamente corrida, já que, só tem 5 episódios.
Falando um pouco dos personagens, Eric (Marcos Pigossi) mesmo com uma atuação brilhante, não salva a bagunça que virou o personagem dele e chega a ser chato a obsessão dele com a filha. Empatando sua filha de seguir seu caminho no sobrenatural (mesmo depois de tudo que aconteceu na 1ª temporada). Cuca (Sandra Negrini) perfeita como sempre, com ótimas cenas e tendo uma ligação de mãe muito legal com Luna (Manu Dieguez), além do “romance” jogado dela com o protagonista (que eu estava torcendo, ótima química). Luna (Manu Dieguez) toma a frente como co-protagonista, e se saí muito bem até, e o futuro da série está nas mãos dela, ao que parece. Os outros personagens como, mula sem cabeça, Matinta, Maria Caninana, Lobisomem e Zaori. São muito interessante e acrescentam a riqueza da série, porém suas histórias são tão jogadas de qualquer jeito, que você fica triste pelo desperdício de ótimos personagens mal desenvolvidos. Ademais, alguns personagens marcantes da primeira parte, são esquecidos no churrasco e ninguém fala deles. E só são lembrados de qualquer forma, bem depois.
Por fim, a segunda temporada de “Cidade invisível” Não é toda ruim. Tem bons personagens, o visual está lindo, os temas abordados, mesmo que de forma rápida, são bons. Entretanto, infelizmente, a trama no estilo “velozes e furiosos” apaga todo esse brilho. Se tivesse mais alguns episódios e uma trama melhor introduzida e desenvolvida (como foi na temporada anterior) com certeza seria nota 10. Contudo, ainda sim, vale a pena conferir, já que os episódios passam mega rápido e já acaba, dá nem tempo de degustar e aproveitar esse universo direito. Além disso, deixa um gancho interessante para uma possível 3ª temporada. Só espero que não seja construída de retalhos como sua antecessora.