Olá, leitores. Mais um capítulo para continuar a série onde mostro o que de melhor um designer pode fazer para melhorar a as cidades, o país e o mundo. Buscarei projetos em nível mundial e também pesquisarei sobre o que acontece no Brasil em mesmo nível. O projeto de hoje está diretamente ligado com as novas tendências mundiais de mobilidade urbana, mesmo sendo este um projeto que já tem um certo tempo.
Diretamente ligado à sinalização visual e com envolvimento de arquitetos, engenheiros e designers, o projeto. Pensado para pessoas que preferem se locomover a pé, visando moradores e inclusive turistas, o projeto a seguir é uma aula do que um designer, ou qualquer outro cidadão pode fazer para melhorar sua cidade.
Projeto: Legible London.
Legible London é um sistema de sinalização para pedestres que está ajudando as pessoas a caminhar ao redor da Capital e faz parte do sensacional e compexo sistema de transporte da capital Londres.
Projetado pelo escritório Applied, sob encomenda da Prefeitura de Londres, que prima por um sistema coletivo exemplar, o Legible London “representa a abordagem mais abrangente e inovadora para a implementação de um sistema de sinalização em uma cidade global e visa proporcionar um melhor apoio para os milhões que andam ao redor da cidade todos os dias – isso é mais do que a metade de todas as viagens na capital”, segundo o próprio escritório.
Andar a pé é uma ótima maneira de se locomover em Londres. Além de ser livre, saudável e amiga do ambiente, também pode poupar tempo – 109 viagens entre estações de metro vizinhas Londres são realmente mais rápido a pé do que de metrô.
Contudo, muitas pessoas confundem-se com a sinalização inconsistente de placas de rua e exclusivas do metrô, e isso gera confusão sobre as distâncias entre as áreas.
Legible London foi criado para resolver estas questões e ajudar os moradores e visitantes a pé ao seu destino de forma rápida e facilmente.
Baseado em extensa pesquisa, o sistema é fácil de usar e apresenta informações em uma variedade de maneiras, incluindo em mapas e sinais, para ajudar as pessoas a encontrar o seu caminho. Também é integrado com outros modos de transporte por isso, quando as pessoas estão deixando o metrô, por exemplo, eles podem identificar rapidamente a rota para seu destino.
O conceito de “cidade legível” é original de Kevin Lynch, um urbanista americano na década de 60, mais conhecido por seu estudo The Image of the City (1960), o resultado de um estudo de 5 anos sobre a forma como as pessoas orientam-se na cidade. Foi nesta publicação que Lynch cunhou o termo orientação espacial e desenvolveu a idéia de “cidade legível”.
O conceito foi concebido pelo Applied em 2005, em resposta a um breve estudo para investigar maneiras em que andar poderiam ser melhoradas no centro de Londres. O estudo identificou 32 sistemas de signos de pedestres separados na área central, resultando em ruído visual, em vez de informações confiáveis ??e coordenada. Legible Londres tem como objetivo proporcionar que a coordenação: entre os bairros e os limites de bairro, conectando-se com os outros modos de transporte e fornecimento de informações não só na rua, mas em todas as maneiras que as pessoas encontram o seu caminho de volta.
Originário e inspirado no mapa de Londres, um ícone do design e da orientação espacial, o Legible London é um daqueles projetos que nos faz perguntar: Por que ele não existe em todas as cidades do mundo? Curitiba, uma das cidades melhor planejadas no Brasil em termos de transporte coletivo e organização em ermos de sinalização, teria condições plenas de receber um projeto desta magnitude.
Mas saiba que no Brasil também há um projeto desta importância.
Mesmo sendo um projeto de Graduação, ele é tão importante para a cultura brasileira que até parece ser o projeto final. OrientaRio é o projeto de graduação de Thales Aquino, que leva o mesmo conceito do Legilble London, porém aplicado ao Rio de Janeiro
Com palavras do próprio autor “…a partir da análise do processo social cognitivo e a construção da decisão de mobilidade, OrientaRio consiste em um modelo de sistema de informação de orientação com base na auto-navegação no Centro do Rio de Janeiro, como uma alternativa compartilhada de sustentabilidade e uso consciente de que espaço. O modelo proposto identificou semelhanças e diferenças no uso de gráficos, tecnologia e sinalização sensorial em sistemas existentes, procurando uma integração e informação eficaz persuasão nele contidas.
O OrientaRio, assim, é composto por palavras, símbolos, diagramas, símbolos, cores e mapas, tantos usuários quanto possível, em “leitura da cidade”. Fazer a co-participante Design, em uma estratégia de gestão urbana tangível, design de interfaces resposta clara e rápida, o que ajuda na tomada de uma mobilidade mais sustentável.”
E vocês, leitores, o que pensam do Legible London e do OrientaRio? Concordam que este tipo de projeto ajuda também no reforço na imagem da marca de qualquer cidade? Vamos debater nos comentários?
Até a próxima, amigos. Um abraço.
Acompanhe a série:
http://www.designculture.com.br/design-para-melhorar-as-cidades-1/
Referências:
http://applied-espi.com/#/projects/legible-london
http://www.tfl.gov.uk/microsites/legible-london/
http://www.sinalizarblog.com/index.php/legible-london/
http://www.tfl.gov.uk/assets/downloads/businessandpartners/yellow-book.pdf
http://cargocollective.com/thalesaquino/OrientaRio