Dicas para colocar a Gestalt na prática

Depois de acompanhar a série de posts sobre a Gestalt, ou depois de uma aula de teórica na faculdade, algumas pessoas se perguntam: “- o que esta teoria vai mudar na minha vida?”.

A minha resposta é: muita coisa. Antes de sentarmos em frete ao computador e abrir o software de edição que for conveniente, precisamos saber o que vamos fazer com a ferramenta.

Na minha (humilde) opinião, o ensino da Gestalt na faculdade não é suficientemente abrangente (e nem os meus posts são) e algumas vezes falta um empurrãozinho para aprender a colocar em prática esta teoria.

Vimos nos posts anteriores sobre percepção visual, leis, forma… mas o que fazemos com tudo isso?

Vou passar algumas dicas que podem ajudar a você pensar um pouco mais na Gestalt na hora de conceber um trabalho.

 

O que você sente olhando para a forma?

Durante o processo de criação, devemos dar um passo para trás e ver melhor o que estamos fazendo. A peça que está criando tem um bom fechamento? As formas estão bem claras?

Talvez pedir a ajuda de alguém que está fora do processo possa ajudá-lo a enxergar coisas que não percebemos ou que nosso olhar já tenha se acostumado. Lembre-se de que você é um designer. Seu olhar está treinado para perceber certas coisas, mas pode acabar ignorando outras.

 

Grupos de informação

Na hora de dispor informações em uma peça gráfica, o uso da proximidade e da semelhança ajudam a criar categorias de informação e hierarquia. Fazendo o bom uso destas leis, o receptor irá distinguir melhor os grupos e subgrupos da mensagem.

 

A utilização de grupos e subgrupos de informação é bem comum em cartazes de filmes. Hierarquia e grupos de informação podem ser definidos por cor, tamanho, textura ou proximidade.

 

Pregnância

Ao visualizar a peça, você consegue entender rapidamente do que se trata? Será que há informação demais ou elementos visuais desnecessários?

A pregnância ajuda muito na compreensão dos elementos por parte do receptor. Se a peça tiver muitos elementos, fica difícil para distinguir e decifrar a mensagem visual. A mensagem precisa chegar clara (e rápida) para o receptor.

 

Help! Já imaginou se cada trecho de música deste cartaz fosse um bloco de informação para seu receptor?

Divirta-se com o fechamento

A lei de fechamento pode resultar em trabalhos bem legais — quando bem aplicado, claro. Logotipos e ilustrações podem fazer uso desta lei para sair da caixinha do comum.

Mas aviso logo que não é fácil produzir bons resultados. Produzir uma “pegadinha visual” exige bastante empenho, mas cria ótimos resultados.

 

Logotipo da associação The Guild Of Food Writers.

Duas leis funcionam melhor que uma

As leis da Gestalt produzem melhor resultado quando utilizadas em conjunto.

De que adianta a segregação se não há pregnância? O melhor jeito de obter um bom resultado com o conhecimento adquirido com o estudo da Gestalt é sentir-se livre para combinar as leis.

Tem mais alguma dica ou quer contar uma experiência sobre a utilização da Gestalt? Deixe nos comentários!

E termina por aqui a série de posts sobre a Gestalt. Agradeço a todos que acompanharam. Espero que tenha ajudado vocês de alguma forma.

Este post faz parte da série Gestalt: Série de posts sobre a psicologia da forma.

Outros links da Série de Posts:

Entendendo o jogo: o que é a Gestalt?

Origem do estudo da Gestalt

Gestalt – Origem do estudo [parte 2]

Gestalt: introdução às suas Leis

Leis da Gestalt: Semelhança e Pregnância da Forma

Leis da Gestalt: Continuidade e Proximidade

Leis da Gestalt: Unificação e Fechamento

Leis da Gestalt: Unidade e Segregação

Gestalt – Forma: Ponto, Linha e Plano

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