O baralho Médio Egito projetado por Paula Maia e Renata Meneses, alunas de design da UFMA, tem como conceito a história medieval, trazendo personagens que foram marcantes para o período representados nos moldes do traço egípcio.
As ilustrações foram construídas predominantemente sem contorno, sendo que as que possuem contorno levam traços coloridos, de cor harmônica com a composição. Tais ilustrações foram baseadas nas pinturas do Egito Antigo, levando-se em consideração a forma de representar cada personagem, desde o modo como se portava até a forma como era representada cada traço e caimento do vestuário, prezando-se muito pela representação lateral e sem profundidade, que caracteriza e diferencia o traço egípcio dos outros tantos.
Baseou-se também a paleta cromática nessas pinturas, primando-se pelos tons avermelhados semelhantes à terra, o marrom, o preto e o branco, que eram muito encontrados nas composições do Egito Antigo.
O que o permite contar a história medieval, é o fato que as ilustrações foram feitas com a seguinte pergunta em mente: Se estou na Era Medieval e desenho como egípcio, qual a melhor caracterização?
Padrões, vestes, chapéus, acessórios e características foram retirados da Era Medieval e redesenhados aos moldes egípcios. Principalmente como as barbas, bandeiras e cotas de malha dos guerreiros.
Os personagens medievais foram detalhadamente analisados para que se pudessem passar as características gráficas essenciais do medieval, sem que a caracterização egípcia interferisse na identificação de cada personagem. Como o rei Carlos Magno, que é o único a ser representado de frente, baseado no estilo Tutmosis III.
O rei Arthur que tem uma cota de malha e uma barba. É importante ressaltar que o foco do baralho não esteve somente nos ícones europeus, mas foram utilizados outros personagens notórios da China, Japão e Egito.