Ato 1 – O que é Golpe de sorte em Paris?
“Golpe de sorte em Paris”, novo filme de Woody Allen, é um golpe na alma do espectador de tão ruim e absurdo. Neste triângulo amoroso parisiense extremamente desconexo, acompanhamos “Fanny e Jean são parceiros que têm tudo o que um casal ideal queira ter. Um dia, ela tem os seus caminhos cruzados com Alain e passa a entender que está vivendo uma vida da qual não gostaria, abrindo margem aos conflitos.”
Ato 2 – Comentários gerais e resenha
Uma das poucas coisas que posso começar dizendo sobre “Golpe de sorte em Paris” é que é um filme preguiçoso, cansativo e desconexo da realidade. E sem sombra de dúvidas, dentre todos os filmes que já assisti de Woody Allen, este é o pior até agora. Uma trama extremamente simples e jogada, sem construção de personagem ou bom senso da realidade. Pela estética e condução, você imagina que vai ver uma comédia romântica, algo leve, mas é uma mistura de drama, com uma tentativa falha de um thriller, porque não tem estrutura para isso. Consegui entender a ideia chave do autor, que era os “acasos” da vida, as coisas que acontecem de forma não intencional. Mas ele acaba forçando demais isso no roteiro feito com IA e personagens sem carisma algum. Acho que a única coisa que salva é a fotografia.
ATO 3 – DIREÇÃO
A direção, como dito anteriormente, é de Woody Allen, um diretor já conhecido e amado e criticado por muitos. Com extensos trabalhos como – “Meia-noite em Paris (2011), um dos mais reconhecidos trabalhos dele, Vicky Cristina Barcelona (2008), Blue Jasmine (2013) e muitos outros. E nesse seu novo projeto, ele consegue fazer uma boa direção. Principalmente explorando planos abertos da bela cidade de Paris e seus imóveis, além do ótimo jogo de luz em suas cenas. Mas somente isso se salva.
Ato 4 – Atuações
As atuações são outro ponto nada convidativo, os atores se esforçam, mas parece que estou vendo um filme com atores amadores, sem vida, caricatos e nada convincentes.
Lou de Laâge (Fanny) até que consegue entregar uma personagem interessante e que está dividida e infeliz com sua vida, mas o roteiro não ajuda ao colocar situações forçadas, e zero química com seus pares românticos. Lou de Laâge (Alain) é sem graça, sem presença e a escrita de seu personagem também não o favorece, tanto que nem fez falta quando sumiu de tela. Melvil Poupaud (Jean) tenta fazer um personagem complexo, com seus demônios, manipulador e cruel, mas acaba sem genérico e engraçado.
Ato final – Conclusão
Por fim, “Golpe de sorte em Paris” acaba sendo mais um filme qualquer, sem diferencial algum, cansativo, desinteressante e que não vale a pena ser visto no cinema.
19 de Setembro nos cinemas!