Artes Os Personagens Incríveis de Leandro Lassmar e nossa entrevista

Os Personagens Incríveis de Leandro Lassmar e nossa entrevista

Por Marcos Torres

Fala criativos! Hoje lhes trago essa ótima entrevista com o incrível ilustrador, Leandro Lassmar. Com um estilo bem peculiar e cativante, Lassmar tem se destacado bastante na área da ilustração editorial, confira abaixo um papo bem legal que tivemos com ele.

Você pode encontrar o Leandro Lassmar e sua arte nos seguintes links:

1- Antes de tudo gostaria de agradecer nos permitir ter a honra de entrevistá-lo, nos conte mais de como começou o seu interesse por ilustração?

Eu que agradeço pelo convite, é uma honra poder compartilhar com vocês um pouco de mim.

Tive de fazer uma pesquisa mental aqui para conseguir responder, sempre gostei muito de desenho animado e quadrinho, ficava inventando personagens, misturava os poderes e características de cada um e fazia o meu rs. Sonhava em ser desenhista da Marvel , pirava em homem aranha. Mas era aquela coisa, moleque do interior, achava que jamais daria pra trabalhar com isso. Então comecei a trabalhar como web design(julgava o mais próximo de arte que podia trabalhar então fiz uns cursos que eram bem comuns na minha cidade), web design me levou a querer fazer faculdade de design, ai lá eu tive contato com amigos e professores que eram ilustradores, então eu vi que dava pra trabalhar com desenho e que tinha muitos jeitos de trabalhar com isso, quando vi já estava imerso.

2- Nos fale mais quais são suas referências, mentores e pessoas que o inspiram ao longo desses anos?

Tenho muitos amigos ilustradores, eles são meus mentores, as conversas que temos me fazem refletir sobre meu trabalho, o que devo buscar e tal.Eles são realmente a minha inspiração.

Tive a honra de trabalhar com alguns deles e aprendi muito com o convívio. (não vou listar porque fatalmente vou esquecer de alguém.)

Posso listar alguns nomes que eu sinto grande admiração e me inspiram muito. São ilustradores, graffiteiros,designers, artistas e por aí vai.

Marcelo Lelis, Gonzalo Carcamo, Carlos Nine,Adilson Farias, Sidney Meireles, Lou Romano, Leo Espinosa, Steve Simpson, Paul Rand, Saul Stainberg,Saul Bass ,Ziraldo,Alexandre Wollner, Mary Blair, Richie Pope, Akira Toriyama, Van Gogh, Monet, Picasso, Jose Luiz Agreda, Simone Massoni, Christoph Niemann, Keith Haring, Speto, 123Klan, Os Gemeos, Angeli, Frank Miller, Bill Sienkiewicz,Mike Mignola, Carter Goodrich,Sanjay Patel, Pintachan, Andrew Kolb, Davi Calil, Edu Medeiros, Jeferson Costa, Bernardo França, Leo Gibran, Hiro Kawahara,Alarcão, Samuel Casal, vix tem gente demais vou parar por aqui.

 

3- Como funciona o seu processo criativo na criação de uma arte?

Depende, cada trabalho vem de uma forma específica. Geralmente trabalho com editorial.

Então é mais ou menos assim, chega o layout da página, com o texto já diagramado, às vezes os diretores de arte já tem algo em mente as vezes eu tenho de criar tudo do zero, leio bem o texto e vou esboçando as primeiras ideias que vem na cabeça, depois vou lapidando e vendo o que bom e ruim, montando a composição e estudando as cores ai depois é só finalizar.

Eu ando fazendo um projeto pessoal de quadrinho, aí é tudo muito diferente, tudo muito novo, ando testando qual o melhor processo para eu seguir. Eu fiz o argumento e um amigo (Felipe Vilela) está criando o roteiro. Está sendo um aprendizado muito legal. Estamos sem pressa fazendo no nosso tempo.

 

4- Nos fale um pouco da sua rotina, como é um dia na vida de Leandro Lassmar?

Há mais ou menos 1 ano e meio saí do estúdio que eu trabalhava para ser freela.

Então, trabalho em casa, é legal que dá para fazer ajustes na rotina para ela ficar menos cansativa.

Na parte da manhã me organizo, vejo e-mails preparo o que tenho de fazer no dia, ligo som e começo, vou até a tarde,paro faço algum exercício(skate ou pedal mas nem sempre dá) e a noite trabalho em projetos pessoais e vida pessoal .Dependendo do dia, se estou mais tranquilo ou mais apertado de trabalho, tudo isso muda de ordem.

 

5- Qual você considera o ponto mais positivo e o ponto mais negativo da profissão?

Ponto positivo é que cada hora você está envolvido em um projeto novo, freela ou estúdio, com isso vai ganhando experiência, conhecendo pessoas, fazendo amigos e por ai vai.

Ponto negativo é a incerteza, momentos de muito trabalho e momentos de escassez então é necessário uma boa organização e jogo de cintura.

6- Qual você considera seu melhor trabalho até o momento e porque?

Meio complicado, nunca tinha parado para pensar nisso. Mas vou eleger o quadrinho no qual tenho trabalhado, pelo fator desafio pessoal somado ao sonho de moleque.

7- Agora um rápido bate-bola:

Um filme: Rocky

Uma música: Award Tour – A tribe called quest

Um lugar: terreiro dos meus avós.

Uma cor: #ef455e

Uma comida: pão de queijo

Um jogo: Donkey Kong 2

Uma pessoa: Gumball Watterson

 

8- Nos conte mais sobre seus hobbies, quando você não está trabalhando, o que gosta de fazer?

No meu tempo livre gosto de estudar aquarela e outras técnicas, sair da frente do computador e tal, ando de skate e ultimamente tenho pedalado. Gosto de pegar umas séries para ver, ver filmes dos anos 80 com minha esposa, escuto muita música(mas isso eu faço o tempo todo), leio quadrinhos e curto desmontar coisas.

 

9- Como você enxerga a área de ilustração no Brasil hoje e sua previsão para os próximos 5 anos?

Hoje tem muita gente boa de serviço, muito profissional bom produzindo coisas boas, tanto dentro de estúdios quanto produzindo material independente. Não consigo imaginar muito os próximos 5 anos, muita coisa muda e se reorganiza, o certo é ficar atento.

 

10- Para finalizar, você tem alguma lição que aprendeu ao longo desses anos que gostaria de compartilhar com nossos leitores?

Ser flexível e aceitar o novo, escutar bem as críticas (por mais duras que sejam), escutar os mais experientes, fazer planos e pontuar formas de alcançar,ser bem organizado dentro do possível, ter controle financeiro, analisar seu trabalho,nunca furar prazo , estudar, acreditar na suas idéias e desapegar do final e focar no processo.

É clichê mas é isso.

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