Cinema e Séries Quando uma bomba cruza o caminho: assista O Dia do Atentado

Quando uma bomba cruza o caminho: assista O Dia do Atentado

Por Erica Oliveira Cavalcanti Schumacher

A opção da semana para quem está disposto a lidar com a vida real no planeta terra e não partir para outros planetas e galáxias (lembrando que Alien: Covenant e Guardião das Galáxias Vol. 2 estão em cartaz) é o comovente O Dia do Atentado (Patriot’s Day, EUA, 2016), do diretor Peter Berg (Hancook), que estrela Mark Whalberg (Horizonte Profundo), J.K. Simmons (Whiplash), Kevin Bacon (X-Men Primeira Classe) e Michelle Monaghan (Missão Impossível 3).

O longa narra o episódio do atentado terrorista ocorrido durante a Maratona de Boston, em 2013, no dia em que se comemora o Patriot’s Day, uma data em que homenageia a bravura dos combatentes norte-americanos, curiosamente.

Dia normal no feriado, até então.

O filme cronometra os horários daquele evento e antes de qualquer ação, apresenta as vítimas vivendo suas vidas normais, programando feriados, marcando encontros ou conversando com amigos. Isso gera uma empatia muito bem colocada, e quando o atentado ocorre, o público se envolve totalmente nos dramas pessoais que aquela coletividade está vivenciando.

Tommy Saunders (Whalberg) é um policial que anseia se redimir com o chefe ao ficar de plantão durante a maratona no feriado; Steve pretende levar seu filho Leo, de 3 anos para assistir aos corredores passarem; Jessica e Patrick agendaram uma visita a um apartamento; o oriental Meng comemora a compra de um Mercedes. São vidas comuns vivendo uma normalidade que tem hora para acabar.

Realidade cruel.

Quando a bomba caseira é implodida pelos irmãos Tarmelan Tsarnaev e Dzhokhar Tsarnaev, a vida de todos ali presentes, inclusive dos autores, nunca mais será a mesma. O brilho do filme está em retratar o drama humano de forma visceral e emotiva. Ninguém está imune aos estilhaços e nesse momento, cada pequena atitude de gentileza é o que se pode fazer para lidar com a situação.

Cidade situada, terroristas à solta.

Um policial mantém-se firme durante horas diante do corpo de um garotinho que morreu, e ao vê-lo sendo removido, presta continência ao cadáver; um marido se culpa por pedir que a mulher fosse ao seu encontro durante o evento; o policial chega em casa transtornado pelas visões do dia de trabalho; prefeito e governador arregaçam as mangas para proteger a cidade, pois mais bombas podem estar a caminho.

Nesse contexto, é admirável a garra humana em prol do senso coletivo. Um acampamento do FBI é montado em Boston em 4 horas, cidadãos unem esforços para amealharem filmagens dos locais, decisões difíceis são tomadas pela equipe médica ao atender pessoas feridas. A todo momento, o espectador é brindado com a empatia de um povo que diante de um ato de terrorismo, mostra que o combate mais eficaz contra o ódio são atos de bondade.

Averiguação do FBI no local conclui que houve um atentado terrorista.

Longe da tristeza generalizada, o foco do longa está justamente na resposta que todos querem dar ao atentado. É essencialmente um filme de ação, e todo drama dos primeiros minutos nada mais é do que o gás para que o público se entregue à caçada para que os irmãos sejam identificados e localizados.

O filme é movido pelo patriotismo das pessoas envolvidas. FBI, policiais locais, políticos e cidadãos se fortalecem pelo anseio de evitar outros ataques. Na medida em que cada um enfrenta uma luta pessoal, o lema ‘Boston Strong’ é elidido por toda a cidade, para mostrar que coesão é a saída.

Reunião de esforços entre autoridades para compor a caçada ao responsável.

O Dia do Atentado é um daqueles achados onde se pode contemplar a beleza e a força em meio às tragédias. Dever, honra, altruísmo, compromisso e coragem são as engrenagens da história, independente do prisma em que se vê. Não importa se estamos falando da esposa do terrorista, da enfermeira sobrecarregada, do vigilante de uma universidade ou do chefe do FBI. Todos estão obstinados a cumprirem seus respectivos deveres.

Silêncio ensurdecedor.

O filme não exagera na violência, nem no pesar e entrega um relato cru e envolvente sobre trabalho coletivo. Não há protagonista, mas narrativas cruzadas que tecem uma história de superação conjunta que valem a pena serem conferidas.

Trailer abaixo:

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