Cinema e Séries Rampage: Destruição Total | The Rock contra tudo e todos

Rampage: Destruição Total | The Rock contra tudo e todos

Por Erica Oliveira Cavalcanti Schumacher

O cinema já mostrou que adora uma história que gira em torno de animais desgovernados e, eventualmente, geneticamente distorcidos. Títulos como Jurassic Park, King Kong, Planeta dos Macacos e Animais Fantásticos e Onde Habitam são exemplos de que animais grandes e ferozes à solta em terras americanas são uma garantia de público empolgado. O espécime cinematográfico da vez é Rampage: Destruição Total, que traz Dwayne ‘The Rock’ Johnson enfrentando monstros criados pela combinação genética que são capazes de arrasar cidades, Estados e até o mundo.

O especialista em primatas Davis Okoye (Johnson) leva a vida treinando macacos e ensinando pessoas a lidarem com os bichos através da linguagem de sinais. Enquanto isso, a Energyne, uma empresa do ramo da genética, realiza experimentos fora de órbita para evitar problemas com o governo ao cruzar diversos DNAs de animais para proporcionar ataques bélicos. Quando 3 amostras caem na terra, 3 animais inofensivos são atingidos e se tornam gigantes potencialmente ofensivos.

Um macaco, um lobo e um jacaré de proporções anormais passam a destruir cidades e desestabilizar os Estados Unidos diante de uma iminente aniquilação. Caberá ao treinador Davis, ao lado da geneticista Kate Cadwell (Naomie Harris) combater a corporação maligna liderada pelos irmãos Wyden. Para tanto, a dupla de heróis conta com a ajuda de Harvey Russell (Jefrey Dean Morgan, The Walking Dead) para burlar o Exército e conseguir salvar o dia.

O diretor e produtor Brad Peyton (Terremoto: A Falha de San Andreas, excelente e também protagonizado por The Rock) extraiu a trama do game lançado 1986 intitulado Rampage. Longe de negar as origens, o roteiro se preocupa em homenagear de maneiras simples e pontuais a história jogada na década de 80. Diversamente do jogo que se baseia na perspectiva dos animais, o longa acompanha o treinador que luta para retomar o controle da situação. Para esse filme, conta-se com a velha fórmula do homem que dá tudo de si para garantir que o perigo seja afastado e a cidade seja salva. Mesmo soando clichê, há de se convir que essa fórmula lota salas de cinema desde que o mundo é mundo.

Dwayne Johnson hoje ocupa o cargo que outrora pertenceu a Tom Cruise no cinema como o rei da ação. The Rock parece ser a companhia certa para enfrentar um terremoto, um ataque da bicharada, fugir de um prédio em chamas ou para pisar no acelerador na hora do problema. O ator se consolidou ao longo dos anos e conta com uma agenda cheia de longas onde ele é capaz de pilotar, correr, matar e destruir como ninguém. Só esse ano, Jumanji, Rampage e Arranha-Céu: Coragem sem Limite estão no currículo como as aventuras mais recentes do grandalhão.

O ator divide o protagonismo com Naomie Harris (Beleza Oculta) que se encarrega do fator intelectual para vencer a briga contra as feras. Os dois atores demonstram química e a relação de confiança entre os personagens soa bastante realista. Vale mencionar que esse filme consegue destacar atores negros em posições privilegiadas, e isso é muito válido para o cinema atual, afinal, representatividade importa. Parece que Hollywood aprendeu a lição depois do #OscarSoWhite.

Os efeitos especiais são um departamento digno de ênfase, uma vez que para além de todo o espetáculo de destruição, os animais criados em CGI oferecem um resultado ótimo ao longa. As primeiras cenas do macaco George vivendo sua vida normal na reserva dão o exato nível da qualidade desse ponto. A nitidez das expressões, olhares e pelagem faz com que qualquer plateia esqueça que o longa não utilizou animais reais para essas gravações. O longa colheu o que de melhor o som grave poderia oferecer em uma sala de exibição. Aqui, cumpre lembrar que quanto maior for a tecnologia à disposição da sala de cinema, melhor será a experiência do público que a assiste.

Filmes desse gênero são feitos para serem visualmente desfrutados sem que muitas perguntas devam ser feitas acerca da real capacidade de se enfrentar tudo que a criatividade propõe. Sendo assim, vale o lembrete de que ação, aventura, comédia e ficção científica juntas cobram seu preço em termos de roteiro, que à medida que direciona a plateia para o espetáculo visto, suga a qualidade da trama da (falta de) profundidade emocional da película. Para tanto, basta que se contente com a inventividade de reunir variadas capacidades animais (força, velocidade, regeneração) para criar um único monstro capaz de obedecer a um senhor de intenções nebulosas e assim estará pronta a fórmula para diversão do fim de semana.

Rampage: Destruição Total está em cartaz no Brasil desde a última quinta-feira, 12 de abril. Para quem ainda não conhece a trama, o trailer pode ser visto abaixo:

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