Trabalhe você na área criativa ou não. Porém o artigo de hoje é mais voltado à galera da criação.
Relendo um trecho de um dos meus livros favoritos ontem – Roube como um artista – me deparei com um capítulo que sempre me chama à atenção pra uma coisa que eu, particularmente, deveria fazer cada vez mais (Ps: estou conseguindo!): Use suas mãos.
O título principal deste capítulo era: Saia da frente da tela.
Mas por quê sairia da frente da tela se eu, designer gráfico, publicitário ou profissional criativo de alguma outra área deveria estar focado em projetos em andamento ou mandando ver em algum layout/criação específica? Aí que está o erro. O computador te limita.
“Não sabemos de onde nossas ideias vêm. O que sabemos é que elas não vêm dos nossos laptops.” – John Cleese
Todo tipo de trabalho é palpável. Comece no papel, com post-its, marcadores, lápis, recortes e não ligue para a bagunça inicial. As possibilidades se tornarão infinitas de se criar um bom trabalho criativo. Seja ele uma página de editorial, um projeto de identidade visual, um cartaz ou um roteiro. Quando se inicia no computador, é inevitável o rumo da finalização. Trabalhando no analógico, sua mente vai se ver livre da obrigação de finalizar e te dar muitas outras visões do que está sendo criado. O computador é ótimo para editar as ideias e deixá-las prontas para publicar, mas ele te estimula a começar a editar as ideias antes mesmo de tê-las.
O livro em questão também me deu boas ideias sobre estação de trabalho: Se você tiver a possibilidade ou algum espaço, crie duas estações de trabalho: a analógica e digital. Na sua estação analógica, não mantenha nada eletrônico, apenas papelaria. Espalhe artigos para rascunho e brainstorms em sua mesa e se obrigue à começar tudo por aquela mesa. Quanto sentir que começou a ter boas ideias, migre para a estação digital. Se perder o pique, volte para analógica e continue nessa pegada até que o projeto em andamento tenha seu rumo.
Faça seu corpo ser parte do trabalho.
“Nossos corpos podem dizer aos nossos cérebros tanto quanto nossos cérebros podem dizer aos nossos corpos.” – Austin Kleon
Para quem ainda não leu esse livro, principalmente se trabalhar na área criativa, eu mais do que recomendo. Mudou minha visão para muitas coisas e me deu boa motivação para ter certos costumes como o do breve artigo de hoje. Além desse, o autor Austin Kleon tem alguns outros livros com temas semelhantes que também valem a leitura!
Espero ter ajudado de alguma forma! :)