Design Tipografia e Design Inclusivo: uma fonte que combina a escrita em Braille com a tradicional e preenche uma lacuna de acessibilidade da nossa sociedade

Tipografia e Design Inclusivo: uma fonte que combina a escrita em Braille com a tradicional e preenche uma lacuna de acessibilidade da nossa sociedade

Por Islard Rocha

De um tempo pra cá as iniciativas inclusivas (muitas vezes promovidas pelo design inclusivo) veem se popularizando dentro do design e ganhando cada vez mais forças nas diversas áreas do design, seja em produto (de bengalas inovadoras a produtos que visam aumentar a acessibilidade em nosso cotidiano), gráfico (como materiais didáticos e até mesmo coleções de livros, como a Adélia ) ou qualquer outra área de atuação do design.

Recentemente, fomos – felizmente – surpreendidos por mais uma dessas iniciativas inclusivas promovidas pelo design, pois, o designer japonês Kosule Takahashi criou a família tipográfica Braille Neue.

A tipografia funciona justamente como a união do alfabeto tradicional e o Braille (pontos em relevo) para tornar as palavras legíveis tanto para os videntes (pessoas de visão normal) e as pessoas com deficiência visual.

De acordo com o designer, essa tipografia foi desenvolvida como proposta para os Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020, com o intuito de ser utilizada nas sinalizações das áreas públicas para preencher a lacuna entre o público vidente e os cegos.

Fonte: http://kosuke.tk/work-rattt.html

Ainda de acordo com o designer, atualmente vemos o braille  sendo mal utilizado (quando utilizado) em espaços públicos, pois sempre é um espaço adicional e, geralmente, as pessoas videntes desconsideram sua importância. No entanto, com a “Braille Neue aborda este problema, tornando o braille fácil de se usar para as pessoas com visão”.

Assim, como o designer Kosule Takahashi, também vejo uma gigante oportunidade de espalhar o braille para nos familiarizar e também como um modo de aprendermos de maneira involuntária, pois, veremos tantas palavras utilizando o braille que passaremos a reparar consciente ou até mesmo inconscientemente nos “pontos em relevo”.

São projetos como esses que me fazem acreditar cada vez mais que como designers temos um papel de grande relevância em nossa sociedade, penso que somos agentes de transformação, e, várias das mudanças que desejamos somente acontecerão se nos colocarmos como protagonistas e tirarmos nossos projetos do papel.

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