O maior sucesso de Walt Disney foi a criação do camundongo Mickey Mouse, creio que isso é um consenso comum em todo o mundo. Mas quando pensamos em Disney também pensamos em suas adaptações dos contos infantis para suas animações, principalmente na época de ouro do seu estúdio.
A grande maioria desses contos que ele adaptou foram escritos ou publicados pelos irmãos Grimm no século XIX, contos que passaram de geração em geração, onde os Grimm tem um importante papel como os grandes responsáveis pela popularização deles. A finalidade desses contos eram educar as crianças e mostrar a elas o que era certo e o que era errado, através de lições de moral que geralmente eram passadas como metáforas através desses contos.
Mas onde entra o design nessa história?
O público que o Walt Disney queria atingir com essas animações ainda era o mesmo que o público dos contos dos irmão Grimm, porém era uma outra época e com uma cultura diferente. O estúdio sempre teve a preocupação de transmitir algo mágico para quem fosse ver suas animações, algo que é explorado até hoje, seja nos filmes, nos parques ou em qualquer coisa que o grupo Disney venha produzir.
A questão é que quando os Grimm publicaram esses contos, eles eram mais aterrorizantes e mais densos, eram feitos assim para realmente mostrar as consequências dos atos ruins para as crianças. Esse tipo de abordagem iria contra o que os estúdios Disney queriam, por isso foram repaginados tanto visualmente quanto na questão dos roteiros.
Os contos como Chapeuzinho Vermelho, João e Maria e A Bela Adormecida ganharam o mundo através das animações da Disney e são peças fundamentais para transmitir o conceito de sua marca, que se não tivessem sido reestruturados, seriam vistos de uma maneira bem diferente.
No design sempre temos que nos preocupar com o público que vamos atingir, pois qualquer erro na linguagem visual vai prejudicar o conceito que queremos transmitir e isso pode colocar tudo a perder.