ATO 1 – O que é Os estranhos capítulo 1?
“Os estranhos – capítulo 1” é mais um terror de invasão domiciliar e nada mais, além disso. Nesta nova tentativa de invasão de tentar reviver a franquia, seguimos a seguinte trama: A jovem Maya viaja para o campo com seu namorado para começar uma nova vida. Quando seu carro quebra, o casal é forçado a pernoitar em uma casa isolada na floresta, mas acabam aterrorizados até o amanhecer por três estranhos mascarados.
ATO 2 – Resenha e comentários gerais
Falar sobre “Os estranhos capítulo 1” é bastante difícil, pois não há muito o que ser dito. A trama é extremamente simples e clichê, o roteiro é muito safado ao colocar várias situações não naturais e beber de outras fontes do mesmo gênero e não tentar fazer algo minimamente diferente. O casal protagonista Maya (Madelaine Petsch) e Ryan (Froy Gutierrez) são mandados para uma cidade isolada e macabra pelo fator GPS, e acabam ficando presos na cidade de gente estranha e de extremistas religiosos que detestam tudo que está relacionado a pecado.
Com isso, eles tomam milhares de atitudes estúpidas, porque o roteiro precisa que eles sejam burros para chegar onde eles querem e espertos quando é conveniente. A típica inteligência liga e desliga. A tensão criada no começo até o segundo ato, até que é boa, tirando que os estranhos são quase uma assombração também, aparecem e desaparecem como fantasmas, o que tira um pouco da descrença em algumas cenas, pelo exagero e falta de tato do diretor e roteirista na hora de criar as cenas.
O casal não tem química alguma, não existe, é forçado, o que torna tudo ainda pior de se assistir. A ambientação, mesmo que simples e novamente clichê, é boa, conseguindo passar a ideia de isolamento e terror. Contudo, o desfecho a condução do terceiro ato e conclusão do filme deixa um sensação de “perdi uma hora e meia da minha vida vendo absolutamente nada”, pois os desenvolvedores tiveram a brilhante ideia de fazer uma trilogia, entretanto não pensaram uma história para três filmes, pois esse tem começo, meio e não tem final, uma conclusão digna e deixe o espectador com vontade de ver os próximos longas-metragem. Por fim, o brilhante roteirista joga mensagens e nomes ao vento, com a intenção de fazer foreshadow para coisas futuras, todavia acaba sendo tosco, desnecessário e bobo.
ATO 3 – Direção
A direção desta obra-prima do terror trash foi feita pelo Renny Harlin, um veterano em Hollywood, que tem uma lista extensa de diversos filmes duvidosos e com divisões para o público, por exemplo, do fundo do mar (1999), esse até que é bom, duro de matar 2 (1990), O pacto (2006), A hora do pesadelo 4 (1988), A inquilina (2011) e muitos outros. Mas em “Os estranhos capítulo 1”, ele não consegue acertar tanto, ele tem belas cenas de plano próximo, focando nas expressões dos atores, cenas de plano aberto, explorando a floresta, mas não sai do básico, apelando para jumpscares capengas o tempo todo e repetitivos, além de transformar os estranhos em entidades que entram e saem dos lugares muito rápido e sem fazer o mínimo de barulho.
ATO 4 – Atuações
As atuações são algo bem ruim também, infelizmente. Madelaine Petsch é a que melhor atua no elenco, o que deixa ainda mais escarrado o quão ruim são os outros atores e estraga a imersão dentro do longa-metragem. Pois, enquanto ela se esforça para entregar o desespero, a dor, a tristeza, a raiva, quando necessário, os outros atores são todos qualquer coisa. Principalmente o seu par, Froy Gutierrez, que atua feito uma porta. Passa o filme inteiro com a mesma cara de nada, não consegue ter química com sua colega de trabalho, e ainda seu personagem é tão chato, que você torce para ele morrer o mais rápido possível.
ATO FINAL – Conclusão
Sendo assim, “Os estranhos capítulo 1” é só mais um filme qualquer de slasher para a lista, que não assusta, não inova, só cópia e cópia mal feita, as atuações deixam tudo pior, e o roteiro preguiçoso estraga mais ainda a experiência. Então, se você gosta da Madeleine, por conta de Riverdale, pegue uma promoção, ou pelo ator cara de nada Froy, de Teen Wolf (que eu nem lembro dele), não assista. Tem coisas melhores para ver no cinema.
Dia 30 de maio nos cinemas!