Cinema e Séries Crítica – O Papai é pop

Crítica – O Papai é pop

Por Nathalia Medina

Inspirado no livro “homônimo” de Marcos Piangers, de forma sensível  e certeira, o longa “O Papai é pop” aborda todo o dilema de uma sociedade patriarcal, onde se diz que o homem tem que trabalhar e sustentar a casa, enquanto a mãe carrega a responsabilidade de cuidar do lar e dos filhos. 

 Tom (Lázaro Ramos) e Elisa (Paolla Oliveira) são casados e estão esperando a primeira filha. A expectativa é grande para o casal apaixonado e eufórico, mas, depois que a pequena Laura (Malu Aloise) nasce, parece que tudo muda na dinâmica dos dois. No início, Tom se mostra presente, atencioso e disposto a ser o melhor pai possível, porém, à medida que a bebê começa a demandar mais atenção e cuidados, e Elisa começa a solicitar mais participação de Tom, ele passa a se afastar, ficando cada vez mais fora de casa e justificando que sua vida não poderia mudar só por causa da filha deles. 

A partir daí, um grave dilema se instala na vida do casal, e os dois precisarão muito da ajuda da sogra Gladys (Elisa Lucinda) e do amigo Júlio (Leandro Ramos) para voltar a encontrar a harmonia e cada um entender a sua responsabilidade com a criança, para que assim, a família possa ser reestruturada. 

“O papai é pop” retrata a vida como ela é: Uma mulher sobrecarregada, que em tese, foi “criada” para ser mãe e precisa estar pronta para tudo. E um homem que no auge dos seus 30 anos, não parece ter crescido. Se a sociedade diz que a mãe já vem com um manual para ser mãe, porque não educar o homem para ser pai e não apenas pagar contas? Afinal, ambos têm responsabilidades a partir do momento em que são responsáveis por uma criança. Esses e outros questionamentos de uma problemática social e enraizada do nosso país, são abordados durante cerca de uma hora de quarenta minutos de filme. 

O roteiro do filme é impecável! Ricardo Hofstetter soube brilhantemente abordar o assunto de forma leve, cômica e emocionante. Claro que com a colaboração das incríveis Luisa Guanabara e Maíra Oliveira.

Uma realidade que todos nós já presenciamos é a de uma mulher sufocada, se virando em nos trinta para dar conta de tudo, enquanto espera o pai amadurecer e “entender” a paternidade. – isso quando acontece – e o Caio Ortiz soube retratar isso de forma brilhante em seu longa. 

Falando em brilhar, não podemos jamais deixar de falar da Elisa Lucinda. Ela brilhou! No papel de mãe/sogra, a atriz é durante todo o filme a voz da sabedoria e oalicerce de de Tom e Elisa, sendo justa, amorosa e não passando a mão na cabeça do filho pelos seus erros. Ao contrário, buscou direcioná-lo para se tornar um pai, um marido e um ser humano melhor. Afinal, a educação salva vidas e ela começa dentro de casa. 

 O papai é pop chega aos cinemas no próximo dia 11 de Agosto e é um programão para toda a família neste dia dos pais. É um filme criativo, sensível e esperamos que seja um sucesso entre as famílias.

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