Cinema e Séries CRÍTICA – O TELEFONE PRETO 

CRÍTICA – O TELEFONE PRETO 

Por Nathalia Medina

Ethan Hawke rouba a cena como um vilão misterioso e cruel 

O filme de terror, O Telefone Preto, da Universal Pictures em parceria com a Bluehouse, direção de Scott Derrickson, um dos nomes mais conhecidos do cinema de terror nas últimas décadas, por causa de seus trabalhos em O Exorcismo de Emily Rose (2005) e A Entidade (2012)

O telefone preto se passa em 1978 e mostra uma série de sequestro na cidade de Denver, nos EUA. Onde crianças são raptadas por métodos bem peculiares, usando balões como atrativos para chamar atenção das vítimas. Mais próximo do suspense do que ao terror, o longa é estrelado por Ethan Hawke, baseado em um conto escrito por Joe Hill, filho dos autores Stephen King e Tabitha King. 

Distante dos sustos que dominam o cinema de terror em Hollywood e renomadas produções do gênero, o filme é um suspense sobrenatural preocupado em criar medo, claustrofobia de forma crescente e tensões ao desenvolver do seu roteiro.  Isso fica evidente logo no primeiro ato. O Telefone Preto, focada em apresentar os irmãos protagonistas Finney Shaw (Mason Thames) e Gwen Shaw (Madeleine McGraw). Um grande acerto dos roteiristas, por sinal. Criar personagens mais humanos que atraiam a empatia e afeto do público é essencial e faz total diferença para que o quem está assistindo se deixe envolver. 

O título da produção pode causar estranheza por ficar subentendido a maior parte do primeiro ato, mas quando entra em ação mostra de forma bem inteligente a condução e o fio da história para não cair na mesmice. Até porque, o telefone é a parte primordial do filme na condução da ação, sendo o único artifício usado como elo de esperança do personagem principal.  

O longa ainda retrata traumas da infância que são expostos por a todo instante, não só com os sequestros de crianças acontecendo, mas também com os problemas enfrentados em casa e na escola. Ainda temos o personagem Finney (Mason Thames) enfrentando o bullying e seu pai alcoólatra e abusivo Terrence (Jeremy Davies) ao lado da irmã Gwen (Madeleine McGraw), mostrando a força da ligação entre os irmãos, que é fundamental para chegar até o final do filme.  

A trama procurar deixar um pouco de lado a escuridão e sua maior parte é diurna. Foi optado também um foco maior em expressões facial e corporal, exigindo assim, uma maior entrega dos interpretes.  

Falando em interpretação, não podemos deixar de lado a grande atuação do Ethan Hawke; O ator interpreta o personagem mais perverso de sua carreira em O Telefone Preto, um sequestrador de crianças, escondendo seu rosto atrás de uma máscara demoníaca, que em diversos momentos é alterada de forma e expressão, refletindo a instabilidade emocional do personagem conforme os acontecimentos vão se desenrolando e o mantendo ainda mais intrigante ao olhar do público. Não é à toa que foi indicado quatro vezes ao Oscar.   

Vale a pena assistir “O Telefone Preto”? dia 21 de julho nos cinemas? Sim! Mas são vá esperando um filme de terror assustador e sanguinário, pois pode se frustrar. Entretanto, o filme entrega muito bem o suspense e essa sensação claustrofóbica que lhe é proposto.  

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