Imagine que, certo dia, em seu habitual caminho de casa para o trabalho ou faculdade, você note um estabelecimento comercial recém-inaugurado. Seja um bar, restaurante ou loja, você acaba se identificando com o local, pretendendo um dia matar a curiosidade e conferir o que aquele espaço oferece em seus serviços e instalações. Esse dia chega e, para sua surpresa, o tal lugar acaba sendo mais interessante que parece e lhe faz querer ficar sempre um pouquinho mais. Se isto já lhe aconteceu, você já pensou no quanto o design de ambientes influencia nessa relação do usuário com o espaço?
É totalmente possível que sua vivência em determinado ambiente esteja atrelada à forma que ele lhe é apresentado. O acolhimento e conforto de se estar em um espaço agradável são algumas sensações buscadas não só em ambientes comerciais, mas também – e principalmente – em espaços residenciais. Quem já não elegeu um local preferido do lar por possuir exatamente tudo aquilo que mais gosta? Neste ponto, o projeto desenvolvido através do design de ambientes é fundamental para traduzir as necessidades de quem irá usufruir do local.
Mais do que organizar o ambiente de forma esteticamente agradável, ambientar implica em entender de que forma o espaço pode se comunicar e influenciar o usuário. Seja humanizando áreas, proporcionando bem-estar ou promovendo interação (como no projeto deste salão de beleza no Japão), o design é uma ferramenta que aprimora as características de cada projeto e também tem a responsabilidade de otimizar as experiências dentro do ambiente.
Em certos casos, ele é uma peça-chave na mudança de hábitos. Quer um exemplo? Basta observar as transformações ocorridas ao longo de décadas na dinamização de escritórios. De cubículos insalubres e austeros a áreas mais confortáveis e cheias de vivacidade, são um reflexo da mudança também de comportamentos de cada público-alvo, bem como maneiras de, através do design de ambientes, comunicar a essência da empresa e direcionar a atuação dos funcionários.
Essas interferências que podem provocar surpresa, tranquilidade ou euforia, por exemplo, são estimuladas de várias formas, entre elas a visual, tátil, acústica, térmica ou olfativa. Experimente observar como a ambientação pode fazer com que você ame ou odeie determinada loja, sua sala de estar ou um restaurante por causa daquele cheirinho irresistível, daquela luz acalentadora ou dos móveis posicionados de forma confortável. São exemplos simples, mas bastante comuns e capazes de nos fazer perceber o quanto há uma busca por identificação e satisfação de nossas necessidades a cada espaço físico que visitamos, cabendo à ambientação atingir esses objetivos.
Escrito por Mariany Carvalho
Veja mais exemplos e informações a respeito aqui, aqui e aqui.