Fala criativos!
Hoje lhes apresento o magnífico trabalho do ilustrador e designer carioca, Vinícius Carvas. Com um apelo visual único em seus trabalhos tanto em mídias tradicionais como digitais, tivemos essa oportunidade bem legal de conhecer mais sua trajetória, ambições e sonhos.
Você pode encontrar o Vinícius e sua arte nos seguintes links:
1- Antes de tudo gostaria de agradecer nos permitir ter a honra de entrevistá-lo, nos conte mais de como começou o seu interesse por ilustração?
Vem daquela velha história de desenhar desde pequeno e ser interessado por artes. No colégio sempre queria fazer a parte visual dos trabalhos através de cartazes para as apresentações. No Ensino Médio comecei a fazer graffiti, o quê me levou a estar sempre praticando desenho. Naquela época conheci muitos amigos novos, contatos diferentes, e referências visuais das mais diversas. Através da identificação com os trabalhos de apelo visual através da ilustração e da influencia de designers experientes, vi que o interessante para a minha vida seria seguir algo dentro dessa área.
2- Nos fale mais quais são suas referências, mentores e pessoas que o inspiram ao longo desses anos?
Posso dizer que tenho influencia das mais diversas, aprecio vários estilos de ilustração e arte, tanto clássico, moderno e contemporâneo; como: Caravaggio, Klimt, Basquiat, Rogério Duarte, Blexbolex, James Jean, Mcbess, Speto e Mulheres Barbadas. Durante esses anos de estudo tive a oportunidade de aprender presencialmente com vários mestres como Felipe Motta aka Mottilla, Renato Alarcão, Henrique Pires, Marcelo Martinez, Acme, Toz, coletivo NRVO e muitos outros. O contato com esses artistas e o processo o qual eles trabalham me ajudam a entender como melhorar o meu trabalho.
3- Como funciona o seu processo criativo na criação de uma arte?
Depende muito qual será a proposta do trabalho e em que mídia ele será veiculado. No meu processo atual inicio a partir de buscas de referências de similares ou algo que acredite que funcione como pontapé inicial. Passo para a parte de sketch de thumbnails (rabiscos de 3×4 cm) em um caderno para entender e decidir qual caminho tomar. Se for para um graffiti autoral, tento ver qual muro será para saber a quantidade de tinta que vou precisar e que tipo de estrutura preciso para realizar o trabalho e o impacto que terá no local. Para a parte digital em geral e projetos de design, faço layouts em softwares como o Adobe Photoshop e Illustrator. Já para pinturas em papel e tela, experimento com canetas, marcadores, lápis de cor, e que mais tiver à mão.
4- Nos fale um pouco da sua rotina, como é um dia na vida de Vinicius Carvas?
A minha rotina semanal é organizada a partir dos projetos que estou envolvido. Já teve época em que focava em produzir estampas, outras estava imerso em grandes projetos e eventos fazendo graffiti, trabalhando como freelancer em uma equipe de design e por aí em diante. O quê faço é separar os trabalhos da semana para me preparar da melhor forma e atender os serviços através do processo de criação e prazos.
5- Qual você considera o ponto mais positivo e o ponto mais negativo da profissão?
Há vários pontos positivos nesse meio e o quê mais me agrada é o fato de poder trabalhar com pessoas diferentes em projetos diferentes e alcançar resultados interessantes, além de estar sempre consumindo cultura de meios diversos através dessas situações.
A parte negativa é a dificuldade de conseguir fechar propostas de trabalho que beneficiem tanto a empresa como o profissional, e também corresponder com o processo de aprovação e entrega em prazos cada vez mais curtos, gerados por falta de planejamento do cliente.
6- Qual você considera seu melhor trabalho até o momento e porque?
Acredito que cada trabalho que faço tanto na rua, como no computador, papel ou tela, consegue cumprir com o objetivo de aprendizado. Então posso dizer que as “artes conceituais” que desenvolvo e ficam comigo, acabam virando as minhas prediletas. A partir delas consigo desenvolver novos trabalhos.
7- Agora um rápido bate-bola:
Um filme: do Wes Anderson
Uma música: Got no Water – Matsyahu
Um lugar: A rua.
Uma cor: Branco
Uma comida: Bife à Milanesa com Salada de batata
Um jogo: de tabuleiro
Uma pessoa: Minha Avó
8- Nos conte mais sobre seus hobbies, quando você não está trabalhando, o que gosta de fazer?
Gosto de encontrar com os meus amigos para pintar na rua e conversar, comer em lugares diferentes, cozinhar, assistir filmes e séries com a minha namorada, freqüentar eventos e exposições, viajar e navegar na internet em busca de novidades.
9- Como você enxerga a área de ilustração no Brasil hoje e sua previsão para os próximos 5 anos?
Vejo a área da ilustração com crescimento, qualidade e novas aplicações para o mercado brasileiro devido ao aumento da preocupação com espaços com a interação do público e necessidade de simplificação visual. E como os profissionais estão cada vez mais se profissionalizando e a demanda por estilos únicos é relevante, acredito que agências focadas na representação desses artistas se tornarão referência no mercado, resultando em serviços dentro de projetos nacionais e internacionais.
10- Para finalizar, você tem alguma lição que aprendeu ao longo desses anos que gostaria de compartilhar com nossos leitores?“
“Sonhe grande, trabalhe duro, esteja focado e rodeado de pessoas boas.”