Artes Paul Rand: idealista e realista

Paul Rand: idealista e realista

Por Pablo Vinícius

Em 15 de agosto de 1914, nascia em um dos condados Nova York, Brooklyn, um dos maiores designers de sua época, Peretz Rosenbaum, conhecido popularmente como Paul Rand. Professor, escritor, diretor de arte, designer e consultor de design de empresas como IBM, ABC e UPS. Rand foi educado no Instituto Pratt (1929-1932), na Escola Parsons de Design (1932-1933) e na Art Students League (1933-1934). Ele foi um dos criadores do estilo suíço de design gráfico. Rand foi incluído no “New York Art Directors Club Hall of Fame” em 1972.

Sua carreira começou com tarefas humildes, começando com uma posição a tempo parcial criando imagens em estoque para um sindicato que fornecia gráficos para vários jornais e revistas. Com isso, Rand foi capaz de acumular um portfólio extenso, em grande parte influenciado pelo estilo publicitário alemão Sachplakat, bem como as obras de Gustav Jensen. Em seus vinte e poucos anos de idade, ele estava produzindo um trabalho que começou a conquistar aclamação internacional, notadamente seus projetos nas capas da revista Direction, que Rand produziu sem nenhuma taxa em troca de liberdade artística total.

Suas capas fugiam totalmente da normalidade que se esperava de uma capa de revista. Influenciado pelo seu estudo em relação à arte moderna, em particular de artista como Wassily Kandinsky, Paul Kleedos, além claro, da inspiração advinda dos Cubistas, Dadaístas e Suprematistas, criará capas totalmente inovadoras.

Moholy-Nagy, designer, fotógrafo, pintor e professor, definiu Paul Rand como:

Entre esses jovens americanos, parece que Paul Rand é um dos melhores e mais capazes [. . .] Ele é um pintor, conferencista, designer industrial, [e] artista publicitário que extrai seu conhecimento e criatividade dos recursos deste país. Ele é um idealista e um realista, usando a linguagem do poeta e homem de negócios. Ele pensa em termos de necessidade e função. Ele é capaz de analisar seus problemas, mas sua fantasia é ilimitada.

Rand trabalhou por uma década na agência de publicidade Weintraub, após sair da mesma, se tornou freelancer e passou a desenvolver importantes projetos de identidade visual corporativa, tornando-se ainda mais conhecido e venerado no ramo criativo.

Para aqueles que desejam se aprofundar mais no conhecimento de um dos maiores designers que já existiu, podem se saciar um pouco com dois livros já traduzidos e disponíveis no mercado brasileiro. O primeiro dos livros Conversas com Paul Rand, organizado por Michael Kroeger, traz uma introdução às ideias de Paul Rand e a temas da comunicação visual, como a filosofia do design, os processos criativos, os livros essenciais para a formação dos profissionais e o ensino do design gráfico. Conceitos teóricos e questionamentos sobre a profissão também são abordados. Ao final do volume, seis profissionais da área narram suas experiências pessoais com Paul Rand. Com projeto gráfico de Elaine Ramos, a edição explora as cores verde e rosa e faz um jogo tipográfico com frases do designer, usando fontes que aumentam e diminuem de tamanho e destacam suas ideias principais. Na capa, em formato de sanfona, estão ilustrados alguns de seus trabalhos mais importantes; o segundo Pensamentos Sobre Design escrito no auge de sua carreira, Rand articulou num volume compacto (96 páginas, a maioria delas com reproduções da obra de Rand) a visão pioneira de que todo design deve integrar forma e função. Escrito em 1947 e revisado em 1970 pelo autor, o livro continua tão relevante quanto na ocasião em que foi publicado pela primeira vez. É um tratado clássico, indispensável na biblioteca de todos os designers. A presente edição segue o formato e o design do livro original.

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