Design Pensar no design e na estética

Pensar no design e na estética

Por Mélio Tinga

O princípio do design, como disciplina e como actividade profissional dá-se no meio de conceitos sólidos sobre a estética, o design foi sempre pensado como solução funcional, e também estética.

A ideia principal do design é fornecer, não apenas uma solução, mas também bem-estar, que a solução seja agradável de se ver e que funcione. No design gráfico, podem ser revisitados alguns movimentos com tendência à “poluição visual” intencional em cartazes como: Art Chantry, cartaz Kustom Kulture, Condom Penis Cop, cartaz para serviço público e cartaz para Johnny O’donnell, Estados Unidos, representando uma certa tendência, não implica que estes não apresentavam nenhuma componente estética, já que a estética propriamente dita é influenciada pela época, pelos lugares, pelas pessoas e pelo nível social delas.

“A comunicação gráfica, a publicidade convencional e o desenho tradicional do objecto estão baseados nas nocções estéticas das suas épocas. Entende-se que a verdadeira condição do design gráfico é aquela que considera a visualidade como base cognitiva do processo de decisões de desenho.” (FRASCARA, 2005)

Independentemente da diferença de épocas, dos lugares e das pessoas é necessário que uma peça de design apresente um quociente estético que se enquadre dentro desses factores (pessoas, lugares, época), (…) a prática do design possui, por definição, um forte quociente estético. Este quociente é radical mesmo se considerarmos design como restrito ao projecto de produto. Do contrário estaríamos diante da engenharia mecânica, por exemplo, e não do design. (…) design gráfico sem norteamento estético é ( e isso, na melhor das hipóteses) design informacional, e não design gráfico.” (VILLAS-BOAS:58-59).

O design, por si, exige que não seja apresentada apenas uma solução funcional, talvez por isso que o designer é confundido com o artista, porque precisa, em alguns casos de pensar, não apenas tecnicamente, mas também pensar no âmbito da estética da solução que é apresentada. A peça de design, por si exige que se aplique a estética para poder aparecer entre tantas, a estética é também diferente em cada projecto, porque os elementos nunca poderão ser exactamente os mesmos em dois projectos diferentes, mesmo que seja o mesmo designer a propor os dois objectos.

O olhar de um designer experiente consegue detectar num piscar de olho uma composição mal feita, aliás, composições mal feitas talvez sejam o que mais chama atenção ao designer, em design gráfico, a destruição das famosas grids, a poluição da área de trabalho com elementos colocados de maneira descontrolada, a escolha das cores por gostos pessoas, o desconhecimento da hierarquia são os principais passos na destruição de um cartaz esteticamente organizado.

O design deve ser pensado lado a lado da estética, pois, sabe-se que no fundo foi consolidado no meio da arte, que por sua vez apresenta (normalmente) um grande quociente estético, a quebra sobre algumas regras e o atrevimento do designer não implica necessariamente a quebra por conceitos que norteiam a estética, porque ela, a estética, é um elemento de design, deve estar presente na peça de design, caso contrário uma outra área estará nascendo, que não seja design, porque o design vive no conforto da estética visual.

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