Design Semiótica aplicada ao Design

Semiótica aplicada ao Design

Por Mauri Ribeiro

Olá pessoas!

Hoje vamos falar um pouco sobre como a Semiótica pode ser aplicada ao Design através de seus elementos. Todo estudante de design já deve ter estudado ou pelo menos ter ouvido falar sobre essa ciência, que de forma simples classificamos como: o estudo dos signos. Todos nós passamos a vida cercados por representações. Quando vemos um objeto criamos uma representação visual dele na nossa cabeça, essa representação tende a ser bem parecida com o objeto real. Passamos então a enxergar o mundo todo através de representações, afinal tudo é signo!

Claro que as representações desses signos variam de pessoa – pra – pessoa. Depende muito do repertório visual que a certa pessoa tem. Por exemplo, se um certo indivíduo nunca viu uma tesoura, ele nunca fará nenhuma associação na sua cabeça sobre como é a forma daquele objeto, já que em seu repertório esse objeto “não existe”.

Mesmo sem sabermos com clareza o que é a semiótica, já usamos ela em nossos projetos, isso porque a cada projeto temos que abordar muitas informações onde geralmente o espaço é pequeno. Imagine que você está criando um cartão de visita, um lugar pequeno, onde você precisa comunicar a marca, endereço, telefone, site e outras informações. Para que o leitor consiga assimilar as informações com mais facilidade, usamos os ícones para que a compreensão possa ser mais simples. Quem nunca usou ícones como telefone, Facebook ou localizador para indicar endereço?

Como comunicadores natos que somos, usamos com frequência em nossos projetos. Agora que entendemos um pouco sobre a semiótica, já podemos então falar dos seus principais elementos e como eles precisam ser compreendidos para que possam ser usados a nosso favor dentro do design.

Signo

Representação de algo que atribuímos valor, significado ou sentido. Quando observarmos os signos, automaticamente atribuímos sentido para eles, esse processo é a compreensão de algo, formada através de um estímulo físico que gera entendimento. Acontece através da relação “EU” e “OUTRO/ALGO”.

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Toda vez que houver uma atribuição de sentido, há a formação de um signo, ou seja, toda vez que imaginamos algo, uma associação a algum signo será feita em nossa mente.

A classificação mais simples e largamente utilizada foi concebida por Pierce que distingue três espécies de signos aos quais correspondem três diferentes modos de semiose.

Semiose é o processo de Significação.

Ícones

São signos que tem semelhança com o objeto real. São os mais fáceis de serem identificados.

Exemplos de Ícones são fotografias, desenhos, estátuas, filmes, entre outros.

Quando criamos uma mascote, estamos representando o conceito da empresa/serviço através do desenho, ou seja, aquela mascote passa a ser o ícone que representa a empresa.

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Símbolos

São os signos mais complexos, pois não tem qualquer relação de semelhança ou de continuidade com a o objeto representado. A relação é puramente convencional. Para compreender um símbolo é preciso aprender o que ele significa.

Quando criamos um logo para uma empresa, tendemos a expressar o conceito da marca através da forma. Isso pode ser feito através de uma tipografia ou desenho. Por isso a representação desse símbolo precisa ser semelhante ao conceito da empresa, não se pode deixar dúbias a opinião das pessoas quanto a representação daquele símbolo.

Outros exemplos de símbolo são representações matemáticas, Taiji, placas de trânsito, entre outros.

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Índices

Talvez os primeiros signos utilizados pelo homem, tem uma relação contínua com representação. Estabelece uma associação de uma coisa à outra através da experiência adquirida.

Esse tipo de signo varia de acordo com o repertório que cada pessoa tem. Eu poderia fazer um símbolo usando meu corpo, mas vocês só entenderiam se já tivessem visto aquele símbolo em algum momento da vida e compreendessem seu significado.

Outros exemplos de índices são nuvens negras no céu que indicam que vai chover, marcas de pegadas, algo escrito no quadro que representa que alguém passou por aí, expressões que nos indicam o que a pessoa está sentindo, entre outros.

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Como vimos a semiótica faz parte do nosso cotidiano mesmo sem termos entendimento completo sobre ela. Para podermos fazer projetos bem segmentados, o uso da semiótica é essencial.

Espero que vocês possam ter compreendido com clareza todas essas informações.

Abraços a até semana que vem!

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