Cinema e Séries Um universo lúdico à disposição em O Parque dos Sonhos

Um universo lúdico à disposição em O Parque dos Sonhos

Por Erica Oliveira Cavalcanti Schumacher

Que criança nunca se perguntou como seria se suas fantasias se transformassem em realidade? E se as bonecas falassem e os carros se movessem sozinhos? Partindo dessa premissa, temos Juno, uma menina de criatividade sem fim que utiliza todos os seus esforços na criação de um parque de diversões que não conhece os limites da ousadia e da imaginação.

O curioso é que, quando sua vida vira de cabeça para baixo com a doença da mãe, Juno acaba por encontrar o real Parque dos Sonhos, local que funciona baseado em sua inspiração e que vem sofrendo uma precarização desde que a menininha guardou seu sonho para se recluir em um casulo de responsabilidades além da sua conta.

Detentor de um visual como poucos, a animação extrai inspiração do inventivo Divertidamente (2016) no sentido de que o espectador é convidado a mergulhar no universo intrínseco de uma criança que passa por grandes dilemas. Desse modo, o filme consegue ser tudo menos infantil (calma! Ainda é para crianças, mas os conflitos analisados são dignos de uma aula de Psicologia), uma vez que as tristezas e sentimentos conflitantes da protagonista estão materializados em personagens diversos que são responsáveis pela manutenção do parque.

A beleza e funcionamento do parque está atrelado ao modo como June encara sua vida e seus problemas. O Parque dos Sonhos está aberto à visitação e funcionando a todo vapor quando June está feliz e interagindo com seus amigos e familiares; em compensação, se a garotinha guarda suas maquetes, deixa de desenhar e não compartilha suas invenções os brinquedos quebram e o parque é invadido por um exército de bichinhos de pelúcia zombeteiros.

Dessa forma, à medida em que June se esforça para entender os problemas de funcionamento do parque a colocam, em última instância, em uma jornada de autodescobrimento, superação e resiliência.

Visualmente falando, a animação é um prato cheio para os olhos. A paleta de cores é interminável e se altera conforme a disposição de June para lidar com a realidade da vida. Merece destaque as cenas em que a protagonista se perde em na floresta que guarda a entrada do parque. O brilho dos tons esverdeados e amarelados maravilham a plateia.

A dublagem original é recheada de vozes notórias. Jennifer Garner, Mila Kunis, Kenan Thompson e Matthew Broderick integram o elenco. Infelizmente, sessões legendadas de filmes de animação encontram-se em extinção no Brasil, o que não deixa de ser um prejuízo à audiência de pessoas com deficiência auditiva e que apenas usufruem de uma sessão de cinema se esta possuir legenda.

Por tudo quanto exposto, estamos diante de mais uma animação capaz de entreter diversas faixas etárias ao mesmo tempo. Aos pequenos, o fator lúdico,o poder da imaginação e o visual deslumbrante despertam a atenção; aos adultos, os dilemas internos e a necessidade de aprender a lidar com situações tristes da melhor forma possível fica como lição que acompanha a plateia madura para além da sala de exibição.

O Parque dos Sonhos estreia nesta quinta-feira, 14 de março, no Brasil. Confira o trailer no link a seguir:  

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