Design Wayfinding, informação clara e objetiva

Wayfinding, informação clara e objetiva

Por Filipe Leão

O ser humano busca se orientar e localizar-se no espaço, tanto que criamos, por exemplo, equipamentos como bússolas, mapas, placas, GPS, para informar e auxiliar nessa tarefa. O Wayfinding surge como uma disciplina no Design, que busca criar e desenvolver sistemas que nos permitem interagir com os espaços e a forma como nos deslocamos por eles, sem dificuldades e sem a ajuda de ninguém.

O termo Wayfinding foi utilizado pela primeira vez, na área da arquitetura no livro “A Imagem da Cidade” de 1960, do urbanista Kevin Lynch. Voltado inicialmente para questões do urbanismo, o sistema englobava o nome de ruas, limites, bairros, marcos e etc. Uma década depois, em 1970, o conceito evoluiu para “orientação intuitiva”. Este conceito parte da premissa que o indivíduo consegue perceber onde está localizado e para onde quer ir.

Assim, o Wayfinding consiste no comportamento humano em saber onde se está, para onde ir, escolher a melhor rota para o seu destino, reconhecer o local de destino assim que chega nele e ser capaz de encontrar o caminho de volta. Aplicado em edifícios, shoppings, supermercados, hospitais, aeroportos, ou cidades, criam uma comunicação mais eficiente entre o usuário e o espaço.

Os ambientes que visam tornar-se acolhedores, sem percursos complicados e facilitar as atividades das pessoas no espaço, devem seguir algumas etapas do Wayfinding:

Orientação: entende-se pela consciência de posicionamento do indivíduo frente a elementos que estão próximos a ele e ao destino. Esta etapa pode ser facilitada caso seja possível dividir o espaço em tamanhos menores e de fácil identificação.

Escolha de rota: relaciona-se à escolha de um caminho que leva o indivíduo até o destino desejado. Esta etapa pode ser facilitada caso não exista um grande número de caminhos alternativos, sendo que os caminhos curtos são preferidos, em relação aos caminhos longos.

Observação da rota: refere-se à observação e análise do caminho, ou seja, o indivíduo vai se locomovendo e tendo a confirmação se está indo no sentido desejado. Caso o caminho seja claro (com princípio, meio e fim), a pessoa sempre saberá onde está.

Reconhecimento do destino: é o reconhecimento do destino quando chegamos a este. Esta etapa pode ser facilitada se o indivíduo perceber que o local de destino é o ponto final de uma rota, e caso o local tenha alguma identificação de que é o ponto de destino.

O projeto Mad Campus é um ótimo exemplo de Wayfinding, feito pelo Studio Matthews, que identificou 12 instalações de arte espalhadas pelo campos. Apresentou mapas individuais para orientar visitantes e sinalizar que cada obra de arte era apenas uma pequena parte de uma composição maior a ser descoberta em todo o campus de Seattle da Universidade de Washington.

Foto: Cassie Klingler, Hart Boyd/ Divulgação: Studio Matthews

Foto: Cassie Klingler, Hart Boyd/ Divulgação: Studio Matthews

Foto: Cassie Klingler, Hart Boyd/ Divulgação: Studio Matthews

Foto: Cassie Klingler, Hart Boyd/ Divulgação: Studio Matthews

Foto: Cassie Klingler, Hart Boyd/ Divulgação: segd.org

Foto: Cassie Klingler, Hart Boyd/ Divulgação: segd.org

Foto: Cassie Klingler, Hart Boyd/ Divulgação: Studio Matthews

Foto: Cassie Klingler, Hart Boyd/ Divulgação: Studio Matthews

Aplicado nas cidades cria uma unidade visual, evitando a poluição visual e a desorientação de turistas. Um exemplo de Wayfinding é na cidade de Holanda (Michigan) nos Estado Unidos.

Foto/ Divulgação: www.cityofholland.com

Referência: www.revistacliche.com.br

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