Design Design de produto digital e o desafio do UX

Design de produto digital e o desafio do UX

Por Jefferson Alex B. Silva

Existe um cenário de oportunidades para ser explorado por designers de produtos digitais. Isso tem atraído muitos profissionais migrando do gráfico para o design digital (produto) – vamos deixar nesses termos para fins didáticos. Nesse mesmo cenário surgem diversos desafios que vão além de obter o conhecimento técnico necessário.

Há um bom tempo é possível encontrar nos fóruns e grupos de designers, espalhados nas mídias sociais, perguntas como “venho da área de gráfico e quero mudar para digital, por onde começo?”. Tem um post aqui no DC que fala sobre isso. Porém, a pergunta que vai surgir lá na frente, quando esse designer estiver na “migração” será “por quê ninguém disse que isso fazia parte?”
O “isso” é porque existem mais coisas entre o céu e a terra do que pressupõem os tutoriais no Youtube sobre Sketch. Como há uma linha tênue entre UX Research (área de pesquisa), Processo de Design e UI (user interface), muitos ainda acham que design de interface é UX e vice-versa. Inclusive a indústria de software.

Um designer de produto terá um ótimo aproveitamento se dominar processos de design centrado no usuário (outra forma de falarmos de UX), pois um produto digital é construído, na maioria das vezes, para um ser humano (objeto de estudo do design de interação) e demanda um entendimento maior do que a interface, feita seja lá em que programa de prototipagem for (não vou nem entrar no mérito aqui sobre a parte de codificação, pois isso é front-end).
Atualmente é muito comum que a demanda dos P.Os (product owners) passem pelo(a) UX da equipe, só depois vá para o desenvolvimento. Isso porque uma palavrinha mágica ganhou o gosto das software houses: validação.

Dentro das expertises de um UX Designer está saber quando e como validar um produto (digital ou não). Então começa o desafio de um designer e uma saga rumo a aprovação que vai envolver muita negociação, jogo de cintura e algumas noites mal dormidas (porque somos designers kk).

A batalha começa porque o cenário de desenvolvimento de software, apesar de ter absorvido o papel do designer, ainda existe uma distância entre Scrum e Design Thiking dentro das equipes. Isso vem mudando, inclusive tem projetos de software que são guiados por decisões da equipe de designers.

Seria muito bom se você já chegasse em uma empresa e a cultura UX já estivesse implantada, mas “a vida é uma caixinha de surpresas…” e você ainda vai ter que vencer essa briga para colocar o teste antes do código.

Ainda assim, com o desafio de defender o processo de design centrado no usuário, é um oceano azul de possibilidades para os designers. Nesse mar de oportunidades pode ser enfrentar as tormentas, mas também existem muitas pescarias fartas (parece aquelas frases de provérbio chinês e tal).
Existem estúdios de design que nasceram para atender startups e empresas de software a desenvolver um produto adequado, envolvendo o processo de design como serviço principal.

Para dar um panorama de desafios e oportunidades, aqui vai um resumo:

  • Introduzir uma cultura de desenvolvimento centrado no usuário
  • Mostrar que design não está na camada “view” do produto
  • Incluir Design Thinking nas sprints do Scrum
  • Parametrizar resultados, pois a chefia vai querer os números
  • Saber conduzir sessões de testes
  • Levantar hipóteses relevantes (mensuráveis e que todos entendam)

Enfim, esses são alguns desafios do(a) UX Designer dentro do cenário de produto digital (software). Espero que tenha curtido essa introdução, pois a ideia é trazer informações que não estão nos tutoriais e saindo da discussão UX versus UI.

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