Ato 1 – O que é Extermínio a Evolução?
Depois de 23 anos do lançamento do tão conhecido e “datado” primeiro longa da franquia “Extermínio” ou no original “28 Days Later” e a sua continuação não tão querida e focada mais na ação “28 weeks Later”, agora chega aos cinemas, “28 years Later” ou como título brasileiro “Extermínio a Evolução”, que condiz bastante com o que apresentação, apesar de quebrar toda a ideia por trás dos títulos originais. Mas esse novo capítulo da saga viral, chega com tudo e segue a seguinte trama de sobrevivência: “Já se passaram quase três décadas desde que o vírus da raiva escapou de um laboratório de armas biológicas. Ainda vivendo em uma quarentena implacavelmente imposta, alguns encontraram maneiras de sobreviver entre os infectados. Um desses grupos de sobreviventes vive em uma pequena ilha conectada ao continente por uma única ilha fortemente desativada, calçada escondida. Quando um deles decide se aventurar no coração sombrio do continente, logo descobre uma mutação que se espalhou não apenas para os infectados, mas também para outros sobreviventes.”.

Ato 2 – Comentários gerais
Após um longa bem-sucedido e uma sequência não tão boa assim, a franquia “Extermínio” retorna às telonas com os dois pés na porta, sem sombra de dúvidas. Se você é um amante do gênero de zumbis e sente falta de boas obras para ver, como “The Walking Dead” “Madrugada dos Mortos”, você vai sair do cinema muito feliz, após assistir a este longa-metragem. A premissa da trama é aparentemente simples: um novo núcleo de sobreviventes, ambientados em uma região e tempo diferentes do filme anterior. Depois de uma introdução visceral e “absolute cinema”, somos apresentados a Jamie (Aaron Taylor-Johnson), um chefe de família, que luta para cuidar de sua esposa doente Isla (Jodie Comer) e seu filho pré adolecente Spike (Alfie Williams), além de fazer sua iniciação como explorador, já que, as pessoas precisam buscar recursos em terra firme fora da ilha onde eles estão protegidos dos perigos do continente.
Contudo, Jaime não é o protagonista que acompanhamos nessa história, mas sim a jornada de crescimento e descoberta de como é o mundo, por parte do seu filho. Já que, após um conflito, Spike, saí em busca de um médico para ajudar sua mãe a ficar melhor de uma doença que não se sabe, mas que, pelos sintomas, logo, logo você matará a charada enquanto assiste. A partir disso, ele e sua mãe irão passar por diversas situações tensas, cheias de aflição, dramas pessoais bem construídos, ação na medida certa, muita morte e fazer aliados.
Mas a parte que mais impressiona, além da fotografia, ambientação, são os infectados e o abraço a leves bizarrices que o gênero zumbi pode abraçar. Já que os infectados agora estão mais inteligentes, “fazem bebês” e muitas outras coisas peculiares, mas que não transformam o filme em um trash, graças à boa execução e introdução dos perigos que afligiram nossos protagonistas. Em um âmbito geral, “Extermínio a Evolução” entrega uma trama coesa, instigante e digna de entrar para uns melhores filmes de zumbis. Além de introduzir conceitos novos e referências à cultura nórdica.

Ato 3 – Direção!
A direção ficou nas mãos e olhos frenéticos do diretor Danny Boyle, que também dirigiu os longas anteriores da franquia, mas também tocou em “Quem quer ser um milionário” (2008), 127 horas (2010) e A Praia (2000). E ele está de parabéns por saber criar cenas com extremo perigo e tensão em movimento, construir uma tensão antes dos ataques, além de cenas lindas em meio a toda a morte e que toque você com os olhos. Boyle ainda faz abuso de planos abertos, buscando explorar o ambiente e situar onde os personagens estão, deixando uma sensação de vazio e medo pelo que pode haver dentro da floresta. Outro ponto são as cenas em slow motion na hora de captar as mortes dos infectados e as cenas de caça numa pegada tribal, trazendo um ar de homem das cavernas para os monstros.
Ato 4 – Atuações
No quesito de atuações, o elenco está perfeito. Ninguém deixa a desejar na hora de atuar. Mas também o que esperar desses atores incríveis escalados, porém, o destaque vai para Alfie Williams, Jodie Comer e Ralph Fiennes. Que entregaram muito com os personagens que receberam e no peso que eles carregam. Além de uma surpresa com a participação do Edvin Ryding, de Youg Royals, como Erik. Onde ele também mostra que é um grande ator da sua geração.

Ato final – Conclusão
Sendo assim, “Extermínio a Evolução”, vem para revigorar e reviver o gênero de zumbis de forma bela e profunda. Cheio de referência ao universo dos mortos, construção de mundo, construção de personagem, além de preparação para mais história, logo, logo. Então, se você é fã de zumbis, muito sangue e mortes, esse filme é perfeito para você. Então, vá conferir e se divertir.
Em exibição hoje nos cinemas!