Os modelos de briefing são dinâmicos, e podem variam de acordo com necessidades e situações específicas. O mesmo briefing criado para projectos editoriais pode não ter a mesma eficácia em um projecto de identidade visual. Suas necessidades e especificidades são diferentes, o briefing para concepção de um cartaz pode não ser eficaz para colher informações sobre o projecto de capa de um livro. Não existem regras universais para elaborar um briefing.
Infelizmente, não há uma fórmula única e universal para o briefing de design. Tenho visto bons briefings descritos em texto corrido e outros organizados por itens. Cada vez mais está se popularizando um programa de computador, onde aparecem certos quesitos, seguidos de espaços em branco para serem preenchidos. Eu já vi excelentes briefings formatados em PowerPoint, para apresentações projectadas. (Phillips, 2007)
São incontáveis situações em que as soluções são rejeitadas pelo cliente, um dos principais problemas podem ser encontrados na fase de recolha de informação. O briefing ajuda-nos a colher mais e melhores informações sobre o trabalho que temos por desenvolver.
As agências e estúdios criativos adoptam modelos de acordo com a sua forma de trabalhar e o modo como encontram as soluções dos problemas que os clientes trazem. Não é menos importante que designers independentes também tenham consigo um modelo que lhes permita colher informações do cliente, tornando mais flexíveis as fases posteriores. Mais do que um simples documento, o briefing deve ser um meio de comunicação entre o profissional e o cliente, sua linguagem deve se compreendida por ambos.
Portanto, não se deve desprezar a busca do melhor formato para cada empresa. Isso pode demorar, exigindo diversas experimentações, até se chegar a um formato considerado adequado por todos os envolvidos. (Phillips, 2007)
Quando preenchido pelo cliente, o briefing transforma-se também num momento de esclarecimento e reflexão sobre o que o cliente realmente quer. É importante que o briefing seja escrito, economizando tempo e mal entendidos que acabam por prejudicar o processo final de criação das propostas. Nem todos projectos precisam de um briefing, depende, em muitos casos do que efectivamente deverá ser feito, em “design gráfico, por exemplo, a simples actualização de uma lista de preços não exige um briefing” (Phillips, 2007), esse facto em nenhum instante retira a importância e o papel de um bom briefing.
O que é um briefing?
Um briefing é um documento escrito, contendo especificações do projecto a ser desenvolvido. É indispensável em todas áreas de design, informação escrita é diferente de informação falada, é normal reiniciar o design de identidade visual por causa de um mal-entendido que terá resultado em um nome mal escrito no logotipo, por não ter sido escrito e descrito em um documento. O designer afecto à agência nem sempre tem contacto com o cliente, o que coloca um desafio maior na especificação do problema do cliente através do briefing.
Não existe regra nem dimensionamento para este tipo de documento, podendo ser elaborado e enviado em word, um formulário electrónico, ou uma descrição concisa e objectiva, como a que Phillips (2007) nos mostra:
“O portfólio de nossa empresa é composto de diferentes apresentações visuais, que foram desenvolvidas separadamente, atendendo a variados objetivos e estratégias adotadas no passado. Em conseqüência, nosso portfólio não tem coerência visual. Isso causa confu
são ao nosso público-alvo, agravada pelo mercado globalizado dos nossos produtos. A fim de resolver esse problema, o nosso portfólio deve ser completamente redesenhado, seguindo um padrão único de caráter estratégico. Com isso, visa-se conseguir maior visibilidade e coerência, encurtar o ciclo de vendas, aumentara vantagem competitiva e aumentar a participação no mercado.
Deve-se elaborar princípios de design para a configuração dos novos produtos, seguindo as orientações desse padrão. As soluções de design devem reffetir esse padrão, incorporando elementos que identifiquem a marca da empresa e tenham coerência visual entre todas as linhas de produtos, destacando-se dos concorrentes.”
A objectividade é uma receita importante para um briefing. A clareza e redacção sem rodeios ajuda na compreensão do problema exposto. Um briefing bem feito é parte da solução do problema que o cliente apresenta ao designer, ao contrário, quando for confuso, é capaz de confundir, gerar má percepção e soluções pouco reais ao problema apresentado inicialmente.