Adam Magyar, fotógrafo de Berlim, costuma criar seu próprio set de câmeras quando sai para fotografar, combinando tecnologias distintas como scanner e lentes. Seu objetivo com diferentes kits e “gambiarras” é captar imagens invisíveis e que normalmente passam despercebidas.
Sempre buscando inspiração no dia a dia das cidades grandes, na série fotográfica Urban Flow, Magyar capta a multidão nas ruas de Hong Kong como se as pessoas fossem partículas em um sistema, todas andando na mesma direção.
Já em seu projeto Stainless, filmado e fotografado em Tóquio e Nova York, Magyar usa uma câmera de alta resolução costumizada para captar o movimento dos vagões de metrô.
Em recente palestra dada para um evento da PopTech, o fotógrafo explica que tem dificuldades para atingir o resultado esperado, principalmente por problemas de iluminação de locações subterrâneas e pelo impedimento da polícia em usar seu equipamento em determinados locais públicos.
Para Magyar, a fotografia é muito mais do que captar apenas um momento no tempo.
Como visto nestes trabalhos, a ideia aqui é unir milhares de micros momentos e, de alguma forma, expandir o tempo e revelar algo novo sobre a nossa realidade.