ATO 1 – O que é looney tunes – o filme: o dia que a terra explodiu?
“Looney Tunes – o filme: o dia que a terra explodiu” é um divertido, belo e grandioso retorno da franquia animada, que marcou gerações com um humor ácido e cheio de absurdos para a geração atual. Além de contrapor todo o mercado atual de animações, e trazer uma animação 2D clássica, belíssima. Esta nova aventura, muito louca, vem com a seguinte trama: “Gaguinho e Patolino se tornam a única esperança da Terra quando descobrem um plano secreto de controle mental alienígena. Diante de probabilidades cósmicas, eles devem salvar sua cidade e o mundo sem deixar um ao outro completamente maluco.” O longa-metragem foi produzido pela Warner Bros. Animation, Tonic DNA, Warner Bros. e distribuição da Paris Filmes.
ATO 2 – Resenha e comentários gerais
Esse novo Looney Tunes foi uma grata surpresa, principalmente pela falta de divulgação por parte da Warner, como se não quisesse que o filme fizesse sucesso, principalmente para o nível da qualidade e empenho que os realizadores colocaram na animação. Na história, temos Gaguinho e Patolino como protagonistas, acompanhando uma nova origem, em um novo universo, que pode ou não, ser compartilhado. Onde nossos protagonistas estão vivendo suas vidas com o fazendeiro Jin, seu ‘pai”, até que ele vai embora sem explicação ou motivação certa, provavelmente porque eles já eram adultos, até que uma ordem de despejo junto a uma invasão alienígena mexe com o tudo e vira o puro suco do caos, principalmente com o clássico Patolino biruta dando seus shows para diversão do público.
A animação é como se fosse um grande compilado de episódios, unidos por uma trama maior, cheio de referências a outros filmes, como Rei Leão, “O dia em que a Terra parou” e claro, as origens dos mascotes, tanto pelo estilo da animação quanto pela personalidade. Buscando exaltar ao máximo as características marcantes de seus mascotes e seu humor nonsense e cartunesco que todos amam, e que faz falta nas animações de hoje. Mas em meio a todas as piadas com duplo sentido bem feitas, e são a marca da franquia, loucuras, explosões e referências, o longa consegue trazer momentos emocionantes, de lições e amadurecimento dos protagonistas após o conflito, nada que faça chorar, mas que não é didático e duvida da capacidade de compreensão dos pequenos, sendo o público-alvo.
Outro detalhe curioso é a escolha de não usar a imagem do Pernalonga, o mascote master dos Looney Tunes, e que sempre é o foco principal, o que dá um ar de respiro para o personagem e espaço para outros também terem seu momento de brilhar. Já que fica claro que Patolino e Gaguinho conseguem se manter como protagonistas, tendo um roteirista e direção decentes e que saibam trabalhar com esses personagens. E o diretor Peter Browngardt já provou que tem capacidade de conduzir com excelência as animações desses mascotes tão queridos. Peter já vem trabalhando com os Looney Tunes desde 2020, com o retorno às origens da animação para o streaming MAX. Mas tem um vasto currículo com “Over the Garden Wall”, Steven Universo”, “Tom e Jerry” (2021) e muitas outras animações aclamadas pela crítica e público. O que torna o filme uma experiência maravilhosa e nostálgica de assistir.
ATO 3 – Animação
No quesito técnico, a animação do filme está um perfeita! Os detalhes, a estética que traz um ar clássico e nostálgico, mas com um toque de novo. Aqui, eles mostraram o poder que as animações 2D têm, com a fluidez dos movimentos, as variedades estéticas nos momentos “musicais”, brincando com lúdico, e claro, explorando ao máximo o exagerismo do cartoon, com expressões mega exageradas e situações absurdas, mas lindas de se ver. O jogo de luz, em certas partes, traz um toque mais “sombrio”, cenas que parecem uma pintura em movimento, algo que as animações 3D ainda não conseguem entregar e que faz bastante falta.
ATO FINAL – Conclusão
Por fim, “Looney tunes – o filme: o dia que a terra explodiu” é um refresco em meio a um mar de mesmice, mesmo sendo personagens conhecidos e já marcados na mente de gerações, é empolgante ver um longa-metragem de animação, totalmente 2D tão bem feito e indo contra um mercado que praticamente matou e que busca deixar esse estilo de arte tão rico e belo de lado em troca de barateamento de custos e mão de obra artística. Então, se você cresceu nos anos 90 e 2000, vá ao cinema se divertir com os Looney Tunes, leve a criançada para mostrar que animação 2D é viável, sim, é necessária sim.
Em cartaz a partir do dia 24 de abril!
